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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 13/04/2018 12:00 / atualizado em 13/04/2018 07:36

 

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Quem diria! Desta vez o placar foi de 7 a 4

A canção vem do saudoso Leandro e de seu irmão Leonardo. Antiga, mas bastante atual até hoje: “Hoje é sexta-feira. Chega de canseira. Nada de tristeza. Pega uma cerveja. Põe na minha mesa”. Ih! Atrapalhou tudo, pôr na mesa, nos últimos tempos, passou a ser conhecido como termo jurídico. Trata-se de quando o processo ou o incidente processual é levado à Turma para julgamento independentemente de inclusão prévia na pauta, sem ter sido incluído previamente na “ordem do dia”.

Deixando trilha sonora para lá, o fato é que o Partido Ecológico Nacional (PEN) mudou de lado e de advogado. E ele pediu mais tempo para se inteirar do processo. Para registro, antes era Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, como é mais conhecido e um dos mais caros do país. Agora é Paulo Fernando Melo. Quem?

Kakay não perdeu tempo e fez questão de alegar que “o partido parece não ter nenhum tipo de orientação jurídica. O presidente dele realmente é muito perdido. Fiquei até com pena dele. Já expliquei que não tem como desistir”. Bem, melhor deixar que a Justiça decida o que fazer.

Sendo assim, o que teve para ser decidido ontem foi o caso do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. A admissibilidade do pedido de habeas corpus já havia sido rejeitada na quarta-feira. Foi derrotado outra vez. A novidade, além do “de ofício”, quem diria, foi o placar, 7 a 4. O ministro Celso de Mello, que sempre garantia o empate, desta vez mudou.

Mais alguma coisa na política? Como não poderia deixar de ser, já está ficando até cansativo, tem a Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). As ações de ontem envolveram sete estados e o Distrito Federal. Desta vez, desvios em fundos de pensão.

“Enquanto as pessoas protestam, a caravana aqui do governo vai trabalhando. Nós vamos em frente.” Não necessariamente nessa ordem foi declaração do presidente Michel Temer (MDB) na abertura da reunião, a primeira depois da reforma ministerial e por isso, óbvio, incluiu os novos titulares da Esplanada.

Acostumado a fazer longos discursos, desta vez foram só 20 minutos. Tinha o embarque no meio caminho para São Paulo, no meio do caminho tinha o voo. Sem caravana, vale repetir. O motivo da ponte aérea era reunião com seu advogado, Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Precavido, o presidente Temer queria saber os próximos passos a tomar diante da aproximação das investigações contra ele.

 

Em árabe
Eu digo para o senhor o seguinte: “É melhor que a defesa do Lula fique com os e-mails, porque quanto mais eu vou... mais complica a vida dele”. Pelo jeito, o empresário Marcelo Odebrecht (foto), que dispensa apresentações, em seu novo depoimento em delação premiada à Justiça Federal em Curitiba, se inspirou no antigo, mas cada vez mais atual, provérbio árabe, aquele que diz “enquanto os cães ladram, a caravana passa”. Só que ela passou mesmo foi nas mãos do juiz Sérgio Moro e seus colaboradores na Operação Lava-Jato.

 

Insensível
Várias seccionais do Conselho Regional (Crea) e o próprio Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) têm publicado cartas abertas contra a proposta de privatização da Eletrobras. Além das justificativas técnicas que rechaçam a venda da estatal, há um grande temor em relação à real possibilidade de precarização das condições de trabalho dessa classe profissional. Nada disso, no entanto, parece sensibilizar o relator do projeto de lei que trata da privatização no Congresso, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). Ele finge que não é com ele. Detalhe: Aleluia é engenheiro!

 

Palanque? Que nada
“Isso é uma aula!” Senadora Ana Amélia (PP-RS). “É um privilégio participar desta comissão e ser brindado com essa aula”, elogiou o senador Armando Monteiro (PTB-PE). “É verdade. E com uma clareza, de forma cristalina, simples, brota com uma naturalidade”, completou o senador Fernando Collor (PTC-AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), deixando tímido o senador mineiro, Antonio Anastasia (PSDB), mais acostumado a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da é vice-presidente.

 

Vaivém
Foi. No Palácio do Planalto assessores dizem apenas que viajar a São Paulo é parte da rotina do presidente Michel Temer (MDB). Depois que ele decolou, por volta de 14h30, a informação passou a ser “tratar de assuntos particulares”. E ficou ainda mais claro que ele estava indo a São Paulo para se encontrar com o advogado Antônio Cláudio Mariz. Com o cerco apertando, o presidente usa mais uma vez a máxima de antes prevenir do que remediar.

 

Pinga fogo

 

 

Em tempo: a coleção de elogios ao senador Anastasia foi durante a exposição que ele fez sobre a Albânia ao sabatinar o embaixador Francisco Carlos Ramalho de Carvalho Chagas (foto) indicado pelo Itamaraty para atuar naquele país.

A assessoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG) informou que ele tinha passado mal. Em nota divulgada pelo Hospital Santa Lúcia, de Brasília, informou que “o paciente esteve no centro médico para exames de rotina e foi liberado no período da tarde”.

As visitas são normalmente às quartas-feiras. Mas como é preferível prevenir do que remediar, foi ontem que familiares do ex-presidente Lula puderam visitá-lo na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Faz sentido, né?

Antes tinha o SUS. Agora deve ter também o Susp. Na sopa de letrinhas, os brasileiros já estão acostumados com o Sistema Único de Saúde. Faltou imaginação a criação do Sistema Único de Segurança Pública. E foi aprovado ontem na Câmara dos Deputados.

Então, chama a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Ferroviária Federal, as polícias civis e militares, os bombeiros militares, guardas municipais, agentes penitenciários e por aí vai.


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