Terá ovos de Páscoa na posse de ministros?
Presidência da República – Agenda do presidente Michel Temer. Sábado, 31 de março de 2018. Sem compromissos oficiais. E não é porque iria passar o feriado de Páscoa em São Paulo, como sempre fez. Preferiu ficar em Brasília para tratar de sua defesa, diante de uma nova – a terceira – denúncia do Ministério Público Federal (MPF). No Congresso, fala-se já em novo pedido de impeachment contra o presidente.
O deputado mineiro Marcos Montes, vice-líder do PSD na Câmara, avisa que não será tão fácil salvar Temer de novo. Faz sentido a avaliação dele. Afinal, em ano eleitoral e com baixa popularidade, quem vai querer embarcar neste barco que já está à deriva?
Resta saber se o presidente Temer ainda conseguirá barrar na Câmara dos Deputados o pedido de impeachment.
A outra questão é saber se dois terços dos deputados, com a Lava-Jato no meio do caminho, vão dar os votos necessários. Traduzindo, são 342 votos em plenário, dois terços de novo, para consumar o impeachment. Se isso acontecer, ainda tem o Senado, só que lá o número de votos é menor, basta maioria simples da Casa, 41 dos 81 senadores.
O melhor a fazer é voltar ao que interessa, a presença de Temer no domingo. Ele arranjou desculpa boa, não vai precisar acordar cedo em São Paulo, pegar o avião presidencial para chegar a tempo em Brasília. Para que fique claro, a sua agenda, só que, desta vez, a de amanhã, informa: “O presidente Michel Temer dará posse nesta segunda-feira (2), em cerimônia às 10h30 no Palácio do Planalto, aos novos ministros dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira, da Saúde, Gilberto Occhi, e ao novo presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza”. Impeachment? Eu? Me deixe trabalhar, deve Temer dizer.
Enfim, o melhor mesmo a fazer é assistir à alegria das crianças com os ovos de Páscoa, a solidariedade dos anônimos que distribuem chocolates às mais carentes e deixar a política pra lá.
O palanque
E é suprapartidária a lista: começou com o ex-deputado Zé Maia, mas o apoio veio dos deputados Gustavo Corrêa (DEM) (foto), Carlos Pimenta (PDT), Bonifácio Mourão (PSDB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Sargento Rodrigues (PDT), Carlos Pimenta (PDT), Fabiano Tolentino (PPS), sem contar vereadores e prefeitos. O alvo: a Secretaria da Fazenda. E além de dinheiro para a segurança pública, eles cobraram o atraso nos repasses de recursos aos municípios. O palanque foi...
...montado
Para os prefeitos que pediam intervenção federal. Calma, é só na segurança pública. Ela foi defendida na Assembleia Legislativa (ALMG) diante de 40 prefeitos que a cobravam. O alvo: a Secretaria da Fazenda.
Por fim
A semana será de fartas emoções e possíveis prisões, com o perdão da rima pobre. Só tem um jeito diante da tanta confusão. Esperar para ver o que vai acontecer.
Ligado nas eleições
“Vice ideal”
“Unidos pela boa causa, nós mineiros podemos e devemos dar ao país o exemplo de luta e determinação em favor da harmonia política e melhorar as condições de vida do povo. A história de lutas e conquistas nos credencia para esse desafio”. Pelo jeito, Josué Christiano Gomes da Silva pretende seguir os passos do pai, José Alencar, responsável por quebrar o estigma radical que levou Lula (PT) à Presidência da República, depois de várias tentativas. Acrescentou não “perseguir nenhuma candidatura”, mas ao ressaltar a defesa de “um legado econômico e social”, deixou clara a sua opção. Entre os petistas, não há a dúvida. É tratado como o “vice ideal” para Lula.
Inelegíveis...
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“Morô”? Morei!
“Prezado Baptista.
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