(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 20/03/2018 12:00 / atualizado em 20/03/2018 08:13

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

A pequena presença de chefes de Estado

Na abertura do 8º Fórum Mundial da Água, o presidente Michel Temer (MDB) avisou que está tratando dos últimos detalhes do projeto para criar o marco regulatório do saneamento básico. O evento foi no Palácio do Itamaraty, melhor que tratar como sede do Ministério das Relações Exteriores. No discurso, ressaltou: “Assegurar água é assegurar dignidade. Esse é o propósito que naturalmente nos reúne em Brasília”.

O que fez água mesmo foi a ida dele ao Rio de Janeiro para fazer um balanço de um mês da intervenção federal. Óbvio que os ministros palacianos argumentaram contra e conseguiram, “com toda dignidade”, abortar a viagem presidencial, mas R$ 1 bilhão para a intervenção militar vai sair.

E os ministros acertaram em cheio. Afinal, pegaria mal Temer no Rio em dia de mais um morto por bala perdida e mais três pessoas feridas só para completar. Mesmo em se tratando de sanear, a violência por lá continua, não muda, nem mesmo com a presença dos militares e o R$ 1 bilhão, que nem chegou ainda.

E do jeito que anda as coisas, nem rezando dá. Desta vez, veio de Minas Gerais, mas estava em Goiás. Ex-bispo de Janaúba, dom José Ronaldo Ribeiro foi preso com quatro padres. Tinha ainda um monsenhor. Acusação: desvio de recursos. Não de recursos públicos, mas da própria Igreja Católica. Nem penitência basta para ele, muito menos se ajoelhar em preces na cadeia. Para registro: dom José nasceu em Uberaba.

Deixa pra lá. Melhor voltar ao presidente Michel Temer e ao Fórum Mundial da Água. Depois da abertura, ele foi para o Palácio do Planalto. O primeiro a ser por ele recebido foi Evaristo do Espírito Santo Carvalho, presidente de São Tomé e Príncipe.

Ele é presidente, não o príncipe de fato, que Temer recebeu mais à tardinha: o príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, filho do imperador Akihito, que deve renunciar ano que vem para que ele assuma. Foram poucos os chefes de Estado ou de governo que estiveram com Temer. Afinal, vale repetir, eles estavam aqui no Brasil por uma causa nobre, participar do Fórum Mundial da Água.

Por fim, com a cara de poucos amigos do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para avisar que não vai sorrir e muito menos abraçar eventuais eleitores, e ACM Neto, presidente do DEM, tapando a boca com a mão para conversar enquanto havia discursos, o jeito é  “melhor encerrar o ciclo”, outra frase de Maia, no lançamento da candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo do estado.

A intervenção
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que seja analisada pelo plenário da corte a ação que pede o fim da intervenção federal no Rio de Janeiro. Só podia ser mesmo do Psol, alegando que é ação eleitoral. Bem, sendo assim, já que não ofende, provavelmente a decisão de questionar deve ter sido depois de lerem as pesquisas com a aprovação dos cariocas. Como tem o vereador Tarcísio Motta (Psol) como candidato declarado, virou palanque. Fora de hora num momento deste.

Importação

Se a caríssima defesa de Lula, com os honorários dos seus advogados do escritório mais caro do país, resolveu apresentar “novas provas de cooperação ilícita entre a força-tarefa da Lava-Jato e autoridades norte-americanas”, sorry, baby! Fica óbvio que se trata de mais uma manobra para tentar esticar o quanto puder o cumprimento da sentença em Porto Alegre. Só que, desta vez, acreditando que os integrantes da força-tarefa da Lava-Jato foram abastecidos até sobre o triplex do Guarujá pelos norte-americanos, não dá para resistir. Sem ter aqui, buscam argumentos importados.

Ajuda on-line
Pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila lançou  plataforma on-line para arrecadar dinheiro. “Para viajar o Brasil inteiro, cada uma das capitais, das grandes cidades, das pequenas cidades, e poder conversar contigo, precisamos da tua contribuição, que pode ser pequenininha, pode ser um pouco maior, pode ser muito grande”, disse Manuela, em vídeo divulgado nas redes sociais. Pelo site, o eleitor pode doar qualquer valor a partir de R$ 10. Manuela sustentou ontem, em Belo Horizonte, que o campo da esquerda (integrado por PCdoB, PSB, PDT, PT e Psol) estará unido na sucessão presidencial em torno de um projeto de desenvolvimento nacional. “É um programa robusto e essa será a nossa unidade nestas eleições cheia de adversidades”, afirmou.

“Nova missão”
Reviravolta no quadro político de Minas, como é normal nesta época de “arranjos”. Dinis Pinheiro será candidato ao Senado pelo Solidariedade, e até já marcou data para se filiar ao partido. Será depois de amanhã. O martelo foi batido ontem. Foi na casa dele que a decisão foi tomada. Lá estavam para convencê-lo nada menos que 20 deputados federais e estaduais, além de representantes do Solidariedade. Como não poderia deixar de ser, Dinis declarou ter aceitado “com orgulho a nova missão”.

Para fiscalizar
Chama que a polícia, ops, melhor dizendo, chama que os fiscais vêm aí. Ou melhor, não vêm. A Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa (ALMG) cancelou a audiência pública que estava marcada para hoje para discutir os acordos firmados com os fiscais agropecuários. O requerimento foi do deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB). O motivo do cancelamento, ninguém sabe, ninguém viu. Qual é a nova data? O jeito é repetir com reticências: ninguém...

PINGAFOGO

A presença de apenas 10 chefes de Estado na abertura do 8º Fórum Mundial da Água, no Palácio do Itamaraty, evidencia a falta de consciência sobre os riscos da escassez de água para o planeta, conforme senadores que participaram da abertura do evento.

Entre os que lamentaram, só para dar uma ideia, estavam os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Roberto Muniz (PP-BA), além do presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Fernando Collor (PTC-AL). Pluripartidário o lamento.

Em tempo, só para lembrar a confusão que deu. Dinis Pinheiro era do PP e se desfiliou depois que a direção nacional, articulada com os deputados federais, decidiu destituir o ex-governador Alberto Pinto Coelho do comando da legenda. Apelou, perdeu.

Aliás, apelação foi mesmo a briga que teve no PP. Uma baixaria só. Quem assumiu o comando por ordem de cima foi Renzo Braz, deputado que está em seu segundo mandato na Câmara Federal.

Elegante foi o tucano Henrique Braga na homenagem a Patrus Ananias: “Indiferentemente de partido político, a amizade e o companheirismo continuam ao longo destes 30 anos, desde que fomos eleitos pela primeira vez”.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)