Jornal Estado de Minas

Candidatos a Governo de Minas começam a ser definidos esta semana


A menos de sete meses das eleições, o cenário da disputa pelo governo de Minas Gerais finalmente começa a se definir, com os principais partidos apontando os nomes de seus candidatos. Nesta semana, dois políticos oficializam suas candidaturas: o deputado Rodrigo Pacheco se filia hoje ao Democratas e será lançado como nome do partido, enquanto na quinta-feira o ex-presidente da Assembleia Dinis Pinheiro será anunciado pelo Solidariedade à concorrência pelo Palácio da Liberdade. No entanto, a mudança de postura do senador Antonio Anastasia, que nos últimos dias se colocou à disposição para ser o candidato do PSDB, pode influenciar diretamente o futuro de Pacheco ou de Pinheiro, que serão sondados pelos tucanos para a formação de uma chapa.

Até agora, os pré-candidatos já lançados são o governador Fernando Pimentel (PT), que tentará a reeleição, o ex-prefeito da capital mineira Marcio Lacerda (PSB), o empresário Romeu Zema (Novo) e o sociólogo e ex-secretário da Educação João Batista Mares Guia (Rede). Com mais dois nomes entrando na disputa esta semana – Pacheco e Dinis –, serão seis pré-candidatos lançados em Minas. O MDB ainda não definiu se lançará um candidato, mas a maior parte do partido defende a manutenção da aliança com Pimentel, indicando um nome para vice-governador.

Assim como em 2016, a campanha deste ano será mais curta e a propaganda eleitoral começa a partir de 16 de agosto. As convenções partidárias, quando serão oficializadas as chapas, ocorrerão entre 20 de julho e 5 de agosto. A data final para os partidos e coligações oficializarem as chapas na Justiça Eleitoral é 15 de agosto. Até lá, as conversas entre lideranças partidárias e pré-candidatos devem se intensificar e alguns nomes que já estão lançados podem voltar atrás para participar de chapas consideradas mais fortes.

Hoje, no ato de filiação de Pacheco, está confirmada a presença do presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato à Presidência da República Rodrigo Maia (DEM).
Embora o parlamentar tenha passado a ser cotado como vice na chapa de Anastasia desde sexta-feira, assim que o tucano confirmou que vai concorrer, o partido manteve o lançamento de sua candidatura ao governo. Grande parte da articulação que levou a esse movimento se deve ao próprio Anastasia, que nos bastidores, junto com o senador Aécio Neves, inflou o nome de Pacheco para concorrer por seu grupo político.

DOBRADINHA

Na sexta-feira, pouco antes de anunciar aos parlamentares que havia aceitado o apelo para disputar o governo, Anastasia teceu elogios a Rodrigo Pacheco, que participou de evento com ele em Ouro Fino, no Sul de Minas. Na ocasião, o prefeito da cidade, Maurício Lemes (MDB), sugeriu que os dois fizessem uma dobradinha. O tucano adotou o tom de candidato e fez críticas a Pimentel. Também conclamou os prefeitos a ajudarem a oposição a tirar o PT do poder.

No mesmo grupo, será lançado na quinta-feira o nome do ex-presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, como pré-candidato ao governo pelo Solidariedade. O ex-deputado vem conversando com o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) – primeiro a ter a pré-candidatura ao governo oficializada – para uma possível aliança. Lacerda já foi apoiado por Aécio e Fernando Pimentel, quando concorreu pela primeira vez à Prefeitura de BH, e foi a evento com Geraldo Alckmin neste mês.
Representantes de todas essas legendas se reuniram recentemente na filiação do também ex-presidente da Assembleia, Alberto Pinto Coelho, ao PPS.

O MDB marcou para 1º de maio prévias partidárias para definir se terá candidato próprio e quem será o nome para a disputa. Estão no páreo o vice-governador Antônio Andrade, inimigo declarado de Pimentel, o empresário Josué Gomes, o deputado federal Leonardo Quintão e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes. Embora o discurso seja pela candidatura própria, o grupo ainda pode optar por reeditar a aliança com Pimentel. Este era o desejo inicial da ala encabeçada pela bancada estadual emedebista, que continua falando em manter o apoio ao petista no Legislativo.

 

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