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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida

Só que trovoadas políticas houve, de fato, na reunião do PP, com direito a socos na mesa e quase vias de fato por causa da eleição


postado em 23/02/2018 12:00 / atualizado em 23/02/2018 07:37



Aposentar as brigas seria muito melhor

Depois de provar à São Paulo Previdência (SPPrev) que está vivo, o presidente Michel Temer (MDB) voltou a receber os proventos de aposentadoria pelo cargo que ocupou na Procuradoria-Geral de São Paulo. O Palácio do Planalto informou que o emedebista “realizou todos os procedimentos determinados e recebeu o que lhe era devido”. Em nota, a SPPrev confirmou que o benefício de Temer foi regularizado e o recebimento creditado com os retroativos devidos. Em folha suplementar, como convém a um presidente da República, que requisitou aposentadoria aos 55 anos e recebia cerca de R$ 45 mil brutos.

Com os descontos e teto constitucional ficou em pouco mais de R$ 22 mil. Bem, para os nobres trabalhadores aposentados pelo INSS o teto é de R$ 5.645. Ah! E os R$ 22 mil era sem o reajuste, já que foi em outubro do ano passado. Deixa pra lá. Direito é direito e Temer tem o seu.

O que salta aos olhos é a falta de sensibilidade política, em meio à controvérsia em torno da reforma da Previdência no Congresso, que, depois de muita polêmica, ninguém sabe, ninguém viu quando será votada. Mas cedo ou um pouco mais tarde, os brasileiros vão pagar a conta. Caso contrário, ela não fecha.

Pelo jeito, o assunto é mais econômico do que político. Melhor seria passar então à meteorologia, com as chuvas previstas para o resto da semana afora. Só que trovoadas políticas houve, de fato, na reunião do PP, com direito a socos na mesa e quase vias de fato. Tudo por causa da eleição.

De um lado, Dinis Pinheiro e sua aproximação com Marcio Lacerda (PSB). De outro, o apoio a Rodrigo Pacheco (MDB), candidato ao governo com as bênçãos da bancada federal do PP. Claro que Dinis perdeu a queda de braço no comando do partido. E a briga de socos, que foi evitada, seria para cima do deputado federal Luiz Fernando Faria. Ah! Maltratado e para poupar sua biografia, o ex-governador Alberto Pinto Coelho se desfiliou do PP e pode rumar para a candidatura de Marcio Lacerda.

Falar nisso, Marcio Lacerda lança site oficial. E começa assim: “Marcio é administrador de empresas, casado com Regina Lacerda, tem três filhos e cinco netos”. Óbvio que, em seguida, conta a sua biografia e trajetória política. Falar na família logo de cara é regra para todos os marqueteiros.

Enfim, aposentadoria de Temer e uma confusão danada para tentar aposentar eventuais candidaturas, melhor ficar por aqui, correr de pancadarias, e ficar de fato com a turma do deixa-disso.

“Até breve”
Ainda do ex-governador Alberto Pinto Coelho: “Descompromisso dos partidos e suas histórias”, “Como já bem disse o poeta, é tempo de travessia e se não ousarmos fazê-la ficaremos à margem de nós mesmos”, “Em minha decisão está o repúdio ao oportunismo”. Já bastaria, diante de sua biografia, como deputado por quatro mandatos, vice-governador e governador. O melhor vem no final: “O meu compromisso permanente e contínuo da minha atuação na boa política, e do breve reencontro”.

Com emoção
“Amigo João Leite, sou portador de abraços e agradecimentos de toda a minha família (irmãos, sobrinhos, tios, todos), revivemos com muita alegria e emoção a história bonita e de sucesso de nosso pai. Herdamos de meu pai honestidade e simplicidade e de forma muito simples lhe agradecemos muito pela homenagem, rezando para você e toda a sua família. Que Deus abençoe todos, muito obrigado de coração. Valeu chefe, grande abraço, Cristiano Felix e família”. É sobre a nota com a foto da camisa do Cruzeiro que traz o nome do pai do diretor-geral da Assembleia Legislativa (ALMG).

Acarajé
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), relator do projeto de lei da privatização da Eletrobras, tem insistido em que é preciso criar uma agência de fomento do Rio São Francisco. Na proposta, o órgão receberia recursos da ordem de R$ 500 milhões por ano. Como nada é por acaso, a agência seria fincada no sertão baiano, onde Aleluia é bem votado, e faria parte do projeto de poder do DEM para assumir o governo baiano nas eleições deste ano, com ACM Neto. Nos bastidores da política do acarajé já se fala em uma secretaria do estado parruda para Aleluia.

A propósito
Escreve Marco Paulo Teixeira de Salles: “Gostaria de fazer uma “contestação”, pois lendo a sua coluna do Estado de Minas, de 22/2/18, no tópico HALL DA FAMA, deparei-me com a informação de que o grande Raimundinho foi ponta-esquerda do Cruzeiro Esporte Clube durante 12 anos, mas pelo que me consta o mesmo era ponta-direita, sendo Sabú o ponteiro esquerdo. Não sou cruzeirense, mas sim americano e tenho mania de histórias e causos, não fosse eu de Santa Luzia. Um grande abraço”, que a coluna retribui.

Deixa de valer
Simples assim. Por volta das 20h, a Câmara dos Deputados rejeitou a retirada de pauta da medida provisória (MP) sobre a concessão de rodovias. Só que, 10 minutos depois, aprovou a retirada de pauta da mesma MP, que autorizava a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a celebrar aditivo contratual com as concessionárias, para alongar o prazo de execução dos investimentos antes previstos. Com isso, a MP perderá a validade segunda-feira. A iniciativa foi da oposição, mas inúmeros governistas apoiaram.

PINGAFOGO

Já que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu incluir na pauta em março agora o auxílio-moradia dos juízes, melhor esperar. Polêmico o tema é, não há dúvida.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz estar seguro de que não há a menor possibilidade de criar impostos para financiar a segurança. Seguro e segurança é trocadilho pobre, mas não deu para resistir.

A Itália não desiste, muito antes pelo contrário, insiste na extradição de Cesare Battisti, que foi negada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2010. Battisti é assumidamente de esquerda.

Tempo instável no entorno de BH e está mantido o indicativo de chuvas, de acordo com a Defesa Civil. Tinha ainda na BR- 040 um fluxo lento: 2 quilômetros no sentido Rio de Janeiro e 1 quilômetro no sentido BH. Chuva? Não, corte de árvores.

Sendo assim, diante da tempestade por que passa a política mineira, com direito a chuvas e trovoadas e sobre a eleição de outubro, o jeito é ficar por aqui e esperar que elas possam passar sem maiores atropelos.

 


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