O governador Fernando Pimentel (PT) decidiu que vai desativar o Edifício Tiradentes, que compõe a Cidade Administrativa, localizada no Bairro Serra Verde, Norte de Belo Horizonte. A decisão, segundo informou a assessoria de imprensa do governo de Minas nesta sexta-feira, foi tomada por Pimentel para ajudar o estado na contenção de gastos. O governador segue despachando do Palácio da Liberdade.
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O trabalho de relocação de servidores, ainda segundo o governo, vem sendo feito desde 2015 com transferência de órgãos que funcionavam em outras localidades. As corregedorias da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além das Secretarias de Estado de Segurança Pública e de Administração Prisional são exemplos disso.
Desde que assumiu o governo do estado o governador vem fazendo críticas ao complexo arquitetônico. Em julho do ano passado, entrou em vigor a lei 22.606/17, que permite ao governo de Minas Gerais negociar cotas da Cidade Administrativa.
O complexo é avaliado em R$ 2 bilhões, metade dos R$ 4 bilhões que o Executivo pretende arrecadar com a proposta aprovada, que criou seis fundos de investimento para o estado.
A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves foi inaugurada pelo então governador Aécio Neves (PSDB) há oito anos, em 4 de março de 2010 – data de aniversário de Tancredo.
A nova sede do governo estadual custou cerca de R$ 2 bilhões, sendo custeada pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
O Palácio Tiradentes é a sede oficial, mas desde o início da gestão do governador Fernando Pimentel (PT), pessoas próximas afirmaram que o petista teria a intenção de usar o Palácio da Liberdade (antiga sede) com mais frequência.
O edifício é o maior prédio de concreto suspenso do mundo, com vão livre de 147 metros e 26 de largura. São quatro andares, onde estão instaladas a secretaria de Estado do Governo, o gabinete Militar do Governador, a secretaria de Estado da Casa Civil, a vice-governadoria e a governadoria.
Em Nota, o PSDB Minas classificou o fechamento do Palácio Tiradentes como um ato para "desviar a atenção do ato de protesto de mais da metade dos prefeitos de Minas que, nesta sexta-feira, na Cidade Administrativa, manifestaram sua indignação com a administração desastrosa e caótica que o governo Pimentel vem proporcionando aos servidores".
Disse ainda que a Cidade Administrativa foi projetada para gerar economia. "De 2011 a 2015, a Cidade Administrativa já representava uma economia de R$ 590 milhões aos cofres públicos com a racionalização de custos, como aluguéis, luz, água, combustível e vigilância, entre outras. Uma economia que deveria vir sendo acumulada ano a ano", avaliou..