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Estado de Minas

Temer faz corpo a corpo com parlamentares pela reforma da Previdência

Planalto acredita ter 275 votos favoráveis às mudanças e amplia pressão sobre deputados para conseguir mais 33


postado em 31/01/2018 06:00 / atualizado em 31/01/2018 07:26

Temer voltou a receber parlamentares e líderes partidários (foto: José Cruz / Agência Brasil)
Temer voltou a receber parlamentares e líderes partidários (foto: José Cruz / Agência Brasil)

Depois da ofensiva de mídia no fim de semana com entrevistas a rádio, emissoras de TV e jornal, o presidente Michel Temer focará suas energias em um “corpo a corpo” com parlamentares para tentar convencer os indecisos a aprovar a reforma da Previdência em 19 de fevereiro ou nos dias próximos dessa data. O Palácio do Planalto acredita que tem pelo menos 275 votos, número com que já contava em maio do ano passado, e está convencido de que será possível conseguir que os cerca de 70 indecisos votem favoravelmente à reforma. Para aprovar a reforma são necessários 308.

O governo se animou também com o discurso mais otimista do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que no fim do ano passado, dava sinais de desânimo, em relação à aprovação da matéria na Câmara. Às vésperas do retorno dos parlamentares do recesso parlamentar, Rodrigo Maia também retomou as negociações para angariar votos a favor da reforma.

No Planalto, a leitura que os auxiliares de Temer fazem é que, para viabilizar sua candidatura como presidente da República, Maia precisa se esforçar para aprovar a reforma. Com a PEC votada em dois turnos na Câmara, Maia se consolidaria assim como representante do bloco governista na disputa eleitoral.

Temer já deu início a esse trabalho de convencimento dos parlamentares. Após a entrevista concedida ao vivo, na segunda-feira, à Rádio Bandeirantes, em São Paulo, ele voltou para Brasília e passou a tarde recebendo parlamentares e líderes partidários. Primeiro fez uma avaliação com os ministros da Casa, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Wellington Moreira Franco (Secretaria-Geral).

O governo entende que os deputados e senadores, durante o recesso, ao conversarem com os prefeitos e suas bases viram que a resistência à reforma já diminuiu muito e estão acreditando que a própria população vai pressionar os parlamentares. O governo conta com a pressão de prefeitos e governadores porque também estão com problemas de caixa para ajudar no convencimento aos deputados e senadores.

OFENSIVA NA MÍDIA

Além disso, a participação nos programas populares como Sílvio Santos, no domingo, foi considerada “fundamental” e “muito produtiva” por um dos auxiliares do presidente. A ofensiva de mídia foi encerrada na noite de segunda-feira com a participação de Temer no Programa do Ratinho. Não estão descartadas, no entanto, novas entrevistas, mas este não é o foco do momento. Temer quer mesmo é conversar e negociar com deputados e senadores.

Temer acha que é hora, por exemplo, de começar a pressionar o PSDB, inclusive por meio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que ele entregue os votos do partido. O governo acha que consegue “arrancar” “uns 35” votos tucanos, da bancada de 47. Temer recebeu o senador Aécio Neves (MG), que tem apoiado o Planalto na reforma. O governo sabe que, se não votar o texto agora em fevereiro, no máximo início de março, ficará praticamente impossível conseguir fazer a reforma passar.

O Planalto acredita que consegue tomar o termômetro da votação esta semana e a próxima, antes do carnaval, para garantir a aprovação da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência na semana após a festa popular. O presidente se reuniu na segunda-feira, por exemplo, com o líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Nos próximos dias, serão realizadas reuniões com todos os líderes. O presidente se reuniu ainda com o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).

 


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