Jornal Estado de Minas

Maioria dos servidores expulsos do governo federal praticou corrupção, diz CGU

O governo federal expulsou 506 servidores em 2017 por irregularidades, sendo 41 servidores que trabalhavam em Minas Gerais. Segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) divulgado nesta segunda-feira (8), o principal motivo para expulsões foi a corrução, com 335 servidores retirados de seus cargos.

O número de servidores expulsos em 2017 caiu em comparação com os dados de 2016, quando foram retirados dos cargos em órgãos federais 549 funcionários.

Além de atos de corrupção, também foram motivo para expulsão de servidores federais o abandono de cargo, ausência sem justificativa e negligência. No ano passado, foram registradas 424 demissões de funcionários efetivos, 56 cassações de aposentadorias, 26 destituições de indicados em cargos de comissão.

O relatório deixou de fora dados sobre servidores de empresas estatais, a exemplo da Petrobras e da Caixa Econômica Federal.

Entre os atos relacionados à corrupção estão: valimento do cargo para conseguir proveito pessoal, recebimento de propina ou vantagens indevidas, uso de recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares, improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.

Nos últimos 15 anos – desde 2003 a CGU divulga os dados sobre servidores expulsos – o governo federal já expulsou 6.714 servidores. Desse total, 5.595 foram demitidos, outros 549 tiveram aposentadoria cassada e 570 foram afastados de cargos comissionados.

As unidades federativas com maior número de servidores punidos foram Rio de Janeiro, com 1.211 demitidos, Distrito Federal, com 800, e São Paulo, com 716. .