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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 12/12/2017 12:00 / atualizado em 12/12/2017 07:48

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

A chamada para dizer sim ou não

O presidente da República agora é professor. Isso mesmo. Vai fazer chamada, só que a resposta não é só “presente”. O que Michel Temer quer também saber é quem vai dizer sim e quem vai preferir o não na reforma da Previdência. A lista de chamada está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). E dela depende se será colocada ou não a reforma em votação. E ainda saber quem estará ausente.

O professor Temer escalou dois líderes para a tarefa: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara dos Deputados, e André Moura (PSC-SE), o líder do governo no Congresso, que inclui também os senadores. Não, o Senado não vai votar agora.

Otimista, embora esteja em cima do muro, mas é do PMDB, não tucano, está o deputado Carlos Marun (MS), que assume, depois de amanhã, o comando da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política. Sobre votar semana que vem a reforma da Previdência, a calculadora de Marun, pelo menos por enquanto, não deu resultado. Ele próprio admite que, se não der pra votar, terá “perdido a batalha, não a guerra”.

Tradução simultânea: primeiro a calculadora, depois o plenário. Pôr em votação e correr o risco de perder é tudo que o Palácio do Planalto não quer. Resta saber se o presidente Temer, este sim, o verdadeiro articulador, conseguirá convencer os deputados. A fila nos palácios e na residência oficial fala por si.

Enquanto o governo faz contas, é melhor nem tentar fazer as que envolvem a corrupção. Dá raiva. Mesmo que em prestações durante 14 anos, um auditor da Receita autorizou a liberação de nada menos que R$ 160 milhões em créditos tributários à JBS, que dispensa, vale repetir sempre, maiores explicações. Se é assim, maiores mesmo são os ataques feitos aos cofres públicos. Aliás, a investigação apura desvios na casa dos bilhões.

Só falta descobrir. O que pode ajudar é que Clóvis da Costa, o tal auditor da Receita Federal, pelo menos tinha bom gosto. Tinha, porque vendeu, em troca de maquiagem. Ficou estranho? Melhor explicar rapidamente: vendeu uma Ferrari para tentar maquiar o patrimônio diante das propinas que recebeu. Daí o bom gosto.

Bem, então, melhor dom Pedro II telefonar para Graham Bell para tentar convencer os demais deputados. É que teve “sessão não deliberativa solene em 11/12/2017 às 10h – ENCERRADA às 10h58. 55ª Legislatura – 3ª Sessão Legislativa Ordinária. Objeto da sessão: Homenagem a Dom Pedro II”. Sendo assim, deu ocupado, só que não o plenário depois.

Solidariedade
O deputado Gilberto Abramo (PRB) é autor do projeto Selo Empresa Solidária com a Vida, que prevê certificação para as empresas que incentivarem a doação de sangue e medula óssea. Segundo Abramo, trata-se de valorizar a gestão das empresas e ao mesmo tempo despertar a conscientização para a importância da doação. Os hemocentros trabalham com baixa de 40% nos estoques de sangue. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) indica que 75% dos pacientes precisam buscar um doador voluntário. A maioria é de casos de leucemia.

O impeachment

Só no Brasil mesmo. Um cachorro foi preso, isso mesmo, foi para a cadeia. Só que um advogado entrou com pedido de habeas corpus para tentar livrá-lo. Isso mesmo, um habeas corpus. Só que o juiz negou. Mas, depois, o cachorro saiu. Mas o que importa mesmo é o nome do animal: “Ipitemem”. E sabe o motivo de ele ter esse nome, mesmo que com a pronúncia transformada em português? Foi por causa do impeachment sofrido pela presidente Dilma Rousseff (PT). Se faltava alguma coisa na política, não falta mais.

"Não debato publicamente com pessoas condenadas por crime"

Sérgio Moro, juiz coordenador das ações da Lava-Jato sobre declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para quem a atuação da Justiça tem servido para desmoralizar a Petrobras

PT privatiza
“A Codemig trabalha para o desenvolvimento do estado. Com a venda de seus ativos, quase 50% desse patrimônio passa para o controle privado. Uma empresa que leva o nome de Minas Gerais precisa se reportar, em primeira e em última análise, ao compromisso com o desenvolvimento do estado. A sociedade mineira precisa que o Parlamento discuta essa manobra do governador.” A frase é do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), autor do pedido de audiência, hoje, na Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa para discutir o assunto.

Visita tensa
A visita da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a Belo Horizonte na noite de ontem não passou em branco. Teve até troca de socos e ofensas entre grupos pró e contrários à petista. A confusão aconteceu no hall da Assembleia Legislativa, bem ao lado do auditório em que Dilma participava de uma audiência para debater a participação da mulher na política. Um grupo de 10 manifestantes ligados ao movimento Patriotas levou uma faixa pedindo a cassação do PT, o que irritou os militantes petistas que estavam no local para receber a ex-presidente. O clima esquentou quando uma mulher arrancou a faixa das mãos dos Patriotas.

PINGAFOGO

Em tempo: a privatização de 50% da Codemig é do Projeto de Lei 4.827/17 encaminhado à Assembleia Legislativa pelo governador Fernando Pimentel (PT). Daí o registro do “PT privatiza”.

Impopular como ele só, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai para o espaço. Calma, gente! Não se trata de perder o cargo. Ele vai ressuscitar o projeto Apollo, embora não tenha batizado ainda.

Trump pretende mandar americanos à Lua e incluiu Marte. O porta-voz da Casa Branca fez o anúncio para que a Nasa lance “um inovador programa de exploração espacial para enviar astronautas americanos para a Lua e, finalmente, Marte”.

A senadora Regina Sousa (PT-PI) destacou ontem em discurso no plenário o aniversário de 69 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, celebrado no dia 10 de dezembro. Melhor não perguntar de novo: tem 10 de dezembro que não seja dia?

Por fim, o senador Paulo Rocha (PT-PA) usou pesquisa Datafolha apontando que 60% dos brasileiros consideram ruim ou péssimo o trabalho de deputados federais e senadores para atacar a reforma da Previdência. Uai, será só por isso?

 


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