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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas Almeida


postado em 10/12/2017 06:00 / atualizado em 10/12/2017 12:35



O muro de novo e também o Judiciário

Pode até parecer implicância. E é, não dá para resistir. Desceram do muro, sem disputa. Foi eleito presidente nacional do PSDB o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato declarado à Presidência da República. O placar até que foi “apertado”. Percebeu as aspas? Então o placar eletrônico do estádio tucano informa: 470 a 3.

Já quanto a se manter na base de apoio ao presidente Michel Temer no Congresso e votar a favor da reforma da Previdência, tem tucanos dos dois lados do muro. Parte apoia, outra não. Alguma decisão na convenção de ontem? Ninguém sabe, ninguém viu.

Quem foi visto foi o senador licenciado da presidência do partido Aécio Neves (PSDB-MG). E foi corajoso, sabia que a militância não iria perdoá-lo, como, de fato, não fez. Foi vaiado e não foi pouco não quando chegou.

Mesmo assim, fez um breve pronunciamento. Duas frases: “Esta é a convenção da unidade do PSDB e Alckmin significa a garantia dessa unidade”. Essa sobre o partido. A outra: “Pior do que a reforma aprovada sem os votos do PSDB é vê-la não aprovada pela ausência dos votos do PSDB”. Bem, para registro: sobrou também para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Foi mais vaiado que Aécio.

Já que entre os tucanos só fica mesmo o ministro das Relações Exteriores,  Aloysio Nunes, no governo Temer e ele próprio avisou que não sairia, melhor deixar a política pra lá.

Bem, mais ou menos. Afinal, no meio do caminho tem a Lava-Jato e o pedido do Ministério Público Federal (PF) de perícia no sistema no departamento de propinas da Odebrecht.

E é chique. São dois HDs e um pen drive com dados do sistema do departamento de propinas da empreiteira. Se a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que “é necessário destacar que esse material não estava na ação e não foi submetido ao crivo do contraditório e da ampla defesa, não sendo possível incluí-lo após o término da coleta da prova oral, realização dos interrogatórios e apresentação de requerimentos de diligências complementares”, pode escrever, aí tem, é praticamente uma confissão de culpa.

No Judiciário, pode até não acontecer, mas que os HDs e o pen drive vão vazar, não tenham dúvida. O estrago político ano que vem pode até “condenar” eleitores, quando forem às urnas, a mudar o voto que antes pensavam em dar ao ex-presidente Lula.

 

Silêncio, por favor
Pergunta que não quer calar: quando e como será deflagrada a greve dos professores propagada pela presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Minas Gerais, Beatriz Cerqueira?. Se depender da líder para coordenar alguma assembleia da categoria, nada será feito. É que ela, pelo jeito, prefere outra: Cerqueira tem ficado nos últimos tempos, desde cedo, andando para baixo e para cima nos corredores da Assembleia Legislativa (ALMG). Só falta votar no plenário.

 

Fechou o tempo
No Tribunal de Contas do Estado (TCE). O clima de fim de ano lá não deve estar dos melhores. O presidente da instituição, conselheiro Cláudio Terrão, barrou as férias do seu antecessor no cargo, o conselheiro Sebastião Helvécio, alegando que o mês tem muito serviço. Segundo Terrão, o tribunal terá pelo menos mais três sessões ordinárias da Primeira Câmara e duas do Pleno e a Casa conta apenas com dois conselheiros substitutos. Terrão considerou fundamental a presença de Sebastião Helvécio nas sessões para o cumprimento das metas fixadas para o tribunal no PPAG. Helvécio pretendia tirar 17 dias de férias a partir de 1º de dezembro.

 

 

Falou demais
Está nas mãos do ministro da Defesa, Raul Jungmann (foto), o destino do general Antonio Hamilton Mourão, aquele que falou em intervenção militar e criticou o governo do presidente Michel Temer. É que depois do acesso de sinceridade do militar, o Exército pedirá ao ministro a destituição dele do cargo de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército. A destituição ocorre depois de ele afirmar que Temer faz do governo um “balcão de negócios”, na última quinta-feira. Mourão vai agora esperar até março de 2018, quando passará para a reserva, sem nenhuma função. Para o lugar dele foi indicado o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.

 

Faz sentido
A proposta prevê, entre outras coisas importantes, combate ao nepotismo e à corrupção e proíbe a contratação, entre muito mais gente, de cônjuge, companheiro ou parente de agente político ou de agente da administração pública municipal. E olha que é só um exemplo do projeto de lei apresentado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para regulamentar as associações de municípios no Brasil. “O país conta hoje com 5.570 municípios, de diferentes portes e características, dos quais boa parte já se reúne por meio das associações, mas que, muitas vezes, ainda não têm sua representação juridicamente reconhecida” explica.

 

Virou passado
A Comissão Senado do Futuro (CSF) dará continuidade ao ciclo de debates sobre a crise hídrica que afeta o Distrito Federal (DF) e o entorno desde o fim de 2016. A comissão realizará audiência pública sobre o tema, que já foi debatido em maio. Só um registro, de sexta-feira: durante as precipitações, a recomendação é abrigar-se em lugares altos, para fugir de inundações, sempre longe de árvores e, se possível, fechados. Sendo assim, a Comissão do Futuro já passou. Virou passado, diante do temporal que atingiu a capital federal. E ontem teve pancadas de chuva à tarde e à noite.

 

PingaFogo

Ah! Vale o registro: “Todos que prestaram delação estão fumando charuto e rindo da nossa cara”. É ainda do ex-presidente Lula e deve ser verdade. Afinal, de fumar charuto ele entende bem. E, pelo jeito, do resto da frase também.

Mais um detalhe da nota “Fechou o tempo”, a do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Se tirasse agora os 17 dias de férias a partir de 1º de dezembro, emendaria com as férias protocolares que começam no fim de ano e entram janeiro adentro.

“Eu tenho, portanto, muita confiança de que estamos prontos para ser o ponto de equilíbrio que o Brasil precisa para voltar a crescer. Estou muito feliz com a convenção e com a unidade que construímos. Obrigado.”

Curtinha, curtinha também foi, como seu discurso, a entrevista de Aécio Neves (PSDB-MG) na saída rapidinha da convenção nacional do PSDB. Teve mais, mas pouco. No caso dele, a pressa não é inimiga da perfeição.

Se o ex-ministro Antonio Palocci em sua delação diz que Muamar Kadafi (foto) enviou ao Brasil, “secretamente”, US$ 1 milhão para financiar a campanha de Lula, dinheiro do ex-ditador líbio, melhor ficar por aqui.


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