Jornal Estado de Minas

Moro adverte procurador e ensina advogado a tratar Dilma Rousseff


O juiz federal Sérgio Moro chamou a atenção, nesta sexta-feira, do procurador Athayde Ribeiro Costa e de advogados para o tratamento que deveriam dispensar à ex-presidente Dilma Rousseff.

A ex-presidente foi ouvida hoje por videoconferência, na sede da Justiça Federal de Belo Horizonte, onde está cuidando da saúde de sua mãe. Dilma foi ouvida pelo juiz Sérgio Moro na condição de testemunha no processo da Lava-Jato contra Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras preso desde julho passado.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Bendine recebeu R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht em 2015, depois que assumiu a presidência da Petrobras. Mas o pedido teria sido feito antes, na época em que era presidente do Banco do Brasil. Moro interveio antes que o depoimento da ex-presidente.

O motivo da advertência de Moro foi a interrupção de Athayde assim que começou o depoimento. Ele pediu uma "contradita' (ou seja, recurso para alcançar o indeferimento da testemunha), alegando que Dilma era "parcial" e 'tinha potencial interesse na demanda já que ela indicou Ademir Bendine para a presidência da Petrobras". (assista ao vídeo abaixo).

Moro replicou que " não me consta que a testemunha em questão tenha interesse pessoal ou seja acusada de qualquer fato perante esse juízo." Para em seguida emendar que o advogado de Bendine se referisse a Dilma se referisse a ela "da forma apropriada, como senhora ex-presidente, excelência."

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