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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 20/10/2017 12:00 / atualizado em 20/10/2017 07:55

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Em BH, a bananeira. Em Brasília, psoríase

Indagado sobre a pauta do Senado na sessão de ontem, a resposta veio no site oficial: “Resultados da busca – 0 itens atendem ao seu critério. Nenhum resultado foi encontrado”. Quanto ao meu critério, melhor deixar pra lá. Afinal, houve aprovação de projetos que vieram da Câmara dos Deputados, onde também foram ratificados.

Trata-se dos acordos no campo educacional com Irlanda e Eslovênia – claro que iniciativa do governo – e ainda aprovou a campanha Dezembro Vermelho de enfrentamento à Aids, uma iniciativa da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) aprovada na Câmara e ratificada no Senado, sob iniciativa de Marta Suplicy (PMDB-SP). Ah! Para registro e ser justo, na Câmara dos Deputados também teve alguma coisa, como o lançamento da Frente Parlamentar Mista (a que inclui senadores) pela Causa da Psoríase e Artrite Psoriásica.

Melhor deixar o presidente da frente, o deputado Doutor Sinval Malheiros (Podemos-SP) explicar direitinho: “Muitas vezes é difícil ter o tratamento pelo SUS. O paciente não consegue acesso a pomadas e hidrantes. Falta tratamento que melhoraria mais rapidamente e levaria ao desaparecimento temporário das lesões”. Sem acesso ao SUS? E falta melhoria mais rápida? Demorou, na gíria dos jovens, viu, senhores governantes?

Deixando Brasília pra lá, melhor voltar a Belo Horizonte, à Assembleia Legislativa (ALMG). Tem notícias importantes no site lá: “Segunda Musical terá concerto de piano, violino e violão” (11h52). “Galeria recebe artesanato feito com fibra de bananeira” (13h40). Só as duas e está devidamente registrado que são “Últimas notícias”.

Quinta-feira ninguém é de ferro. Semana passada teve feriado. E vem outro por aí, também quinta-feira, Dia de Finados, 2 de novembro. Muito apropriado. Nossos nobres parlamentares, aqui e em Brasília, vão morrer de saudade de estar no plenário, não vão?

Bem, Joesley e o irmão Wesley Batista, da JBS, conseguiram desbloquear bens de seus parentes e permitir que suas empresas façam operações financeiras. Para ser justo de novo, elas têm 200 mil empregos, como alegou a defesa deles. E não podem ser condenados a ficar sem o salário no fim do mês.

E tem ainda: Joesley e Wesley se comprometeram a devolver aos cofres públicos R$ 10,3 bilhões. Eles estão presos desde o mês passado. Será uma forma de “fiança” que seus advogados estão tentando? Melhor esperar. Afinal, nos Estados Unidos, há processo contra eles. E tem jornal de lá que calcula pena de 20 anos. Com os americanos não tem perdão. É raro, raríssimo, é pena completa. Lá serão duas décadas mesmo na cadeia.

Fala, doutor
Jurista que é, Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que tem doutorado em direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre vários outros cursos, e é relator da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), condenou o Ministério Público na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados por sua atuação “policialesca” diante do vazamento constante que fazem os procuradores para abastecer o “noticiário jornalístico que fortalece essas atuações espetacularizadas pelos meios de comunicação”. E nem citou especificamente aquele todo-poderoso e que está em crise econômica.

“Anacrônica”
Recentemente, fiz provocação sobre a história do PPS, que completou 25 anos. E perguntei: onde estariam os comunistas neste momento?. Pois, bem! O deputado Antônio Jorge aceitou a provocação e, brincando, respondeu que para achar os comunistas bastava bater na porta do PCdoB. Mesmo criador e militante histórico do antigo Partidão, ele ressaltou que a militância decidiu rever os seus fundamentos ideológicos e adotar “um ideário social-democrático”. Daí o alerta do próprio Antônio Jorge da necessidade que prega no partido de buscar rever a nomenclatura Popular Socialista da sigla, que considera “anacrônica”.

Ele conclama
O discurso foi também na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. “Conclamo a população que faça pressão em cima dos parlamentares, que seja aprovada a autorização para esta investigação.” A declaração no plenário é do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Acrescentou ainda que Temer e os ministros compõem uma “quadrilha de criminosos”. Faz de conta que a pressão não é para ver se dará tempo de Lula se candidatar antes de ser preso em Curitiba.

Santinhos
Será para a campanha? Vai pôr no santinho? Ainda existe santinho? Ou vai tudo pelo celular, WhatsApp e por aí vai? Já que o presidente Temer é recordista de reprovação, os deputados da sessão sobre a segunda denúncia na CCJ não deixaram por menos. Mesmo derrotados, exibiram cartazes contra ele. O detalhe responde às perguntas: boa parte deles pediu aos colegas para tirar fotos com os celulares. Um tirava com o do outro e vice-versa. Ou usava os próprios em selfies.

Duas vagas
Já que é do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o deputado Chico Alencar tomou a “liberdade” de preferir o Senado. Afinal, ano que vem, são duas vagas. Fica mais fácil. Desistiu oficialmente de disputar a Presidência da República, como pretendia o partido. No lugar dele, melhor ficar sem teto, ops, entra o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos. E olha que, por enquanto, ainda está sem partido, mas deve se filiar ao PSOL. Pelo jeito, já está tudo combinado.

PINGAFOGO

Em tempo: a tese de mudança do nome do PPS será levada pelo deputado Antônio Jorge aos congressos estadual e nacional, motivado pela militância do partido em sua base, que é Juiz de Fora.

Nem precisou de um salto com vara ou uma corrida de 100 metros rasos. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) evitou. Mandou soltar o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman.

A acusação era a compra de votos para trazer para o Brasil a Olimpíada do Rio de 2016. Para registro, é óbvio, não poderia deixar de ser mesmo, Nuzman nega as acusações. Mas que se queimou na largada, ah, se queimou.

O deputado Noraldino Junior, presidente estadual do Partido Social Cristão (PSC), recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte. A iniciativa da homenagem foi da vereadora Nely (PMN).

“Fico muito honrado em ser agora cidadão belo-horizontino, de ser reconhecido como filho da capital mineira, cidade que me acolheu tão bem desde que cheguei aqui”, disse Noraldino, que nasceu em Juiz de Fora. Acrescentou que sua “responsabilidade aumenta muito e vai honrá-la”.

 


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