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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 24/09/2017 12:00 / atualizado em 24/09/2017 12:52

(foto: EM/D.A Press )
(foto: EM/D.A Press )

O poder paralelo no Rio e no Congresso


Sem correr o risco de panelaço, já que as pesquisas falam por si, foi novamente pelo Twitter que o presidente Michel Temer (PMDB) deu declaração sobre a nova denúncia apresentada pelo ex-procurador geral da República Rodrigo Janot, nos estertores de seu mandato à frente do Ministério Público Federal (MPF). E pegou pesado.

“Quero continuar a honrar meu nome, herança limpa que recebi de meus pais e que deixarei limpo para meus filhos, filhas, netos e netas”, começou Temer no vídeo gravado que foi divulgado. A primeira frase não ataca, mas tem mais.

“Apontei as reais intenções dos delatores; denunciei a manipulação de mercado que lhes deu ganho de milhões; critiquei o perdão amplo que obtiveram. Cobrei, ainda, o inexplicável envolvimento de integrantes do gabinete do ex-procurador-geral da República, que depois, certamente, foram ganhar dinheiro das empresas dos delatores; relatei que a delação e a gravação começaram muito antes dos relatos oficiais. Há ainda muitos fatos estranhos que esperam por ser explicados nesta estranha delação induzida.”

Já que não citou quem seriam os delatores e a manipulação do mercado financeiro, leia-se venda de ações em alta num dia e compra na baixa, diante do depoimento no dia seguinte, os não citados por Temer são os executivos, melhor dizendo, os donos da holding JBS, Joesley e Wesley Batista.

Melhor então deixar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), falar: “Eu imagino que o procurador-geral pensou em fazer um grand finale, oferecer várias denúncias, inclusive a última contra o presidente da República. Mas acho que ele conseguiu coroar dignamente o encerramento de sua gestão com esse episódio do Joesley”.

Com o Exército nas ruas, calma, gente, não há risco de ruptura constitucional com golpe militar, é no Rio de Janeiro. Mas por que  motivo? É por causa do ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista sexta-feira à noite, no site G-1. Ele fala em “poder paralelo do crime organizado no Rio de Janeiro”, leia-se chefes do tráfico de drogas.

E já que o PT – necessário dar os devidos nomes: os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RS), integrantes da CPI da JBS – quer convocar o juiz Sérgio Moro, porque ele condenou, cumprindo o seu papel e seu juízo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), melhor ficar por aqui. Inelegível, quem vai para o seu lugar? Dilma? Mas ela não vai transferir o título do Rio Grande do Sul para tentar se eleger em Minas? Chega por hoje, o domingo não merece esta crise que assola o nosso país.

 

Uai, qual deles?
O deputado Paulo Pereira da Silva (SP) foi reconduzido à presidência do Solidariedade na semana passada. E, em horários diferentes, estiveram lá o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); o prefeito da capital, João Doria (PSDB); e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No discurso final, já reeleito, Paulinho chamou Alckmin de “candidato a presidente”, Maia de “um dos nomes que podem disputar a eleição presidencial” e Doria de “melhor prefeito do Brasil e pré-candidato à Presidência da República”.

 

 

Nem esperaram
Já que seria e foi pelo Twitter que o presidente Michel Temer (PMDB) falou sobre a nova denúncia feita pelo ex-procurador Rodrigo Janot (foto), nem precisava mesmo eles ficarem em Brasília na sexta-feira. Óbvio que se trata dos ministros mais próximos do gabinete presidencial: Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, e Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência. Foram para seus estados logo de manhãzinha.

Pode escrever
Tem tudo para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS ser assada. No forno, ela já está para ser colocada. O relator, deputado Carlos Marun (PMDB-RS), mesmo que indiretamente, vindo do partido, recebeu doação dela. Mas o que importa mesmo é o pedido feito pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao presidente da (CPMI), Ataídes Oliveira (PSDB-TO). Eunício busca uma blindagem para se reeleger, de preferência em aliança com o PT. O motivo: o índice de aprovação de Lula no Ceará é hoje de 57%.

Falta de educação
“O professor lhe disse, referindo-se ao cabelo étnico afro estilo black e descolorido utilizado pela estudante, que ela não servia para ser âncora de telejornal, pois seu penteado chamaria mais a atenção que a notícia.” O ataque do professor de Sergipe foi parar na Câmara dos Deputados. Uma dos que requereram a audiência conjunta nas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e de Educação foi a deputada Rosângela Gomes (PRB-RJ), que é negra e relatou também ter sido vítima de ataques semelhantes quando estudava. Hoje é pós-graduada em direito.

Dá para entender?
A coluna tinha anunciado que “Temer, até o fim da tarde de ontem, não havia decidido se ficaria em Brasília mesmo ou se iria para casa em São Paulo. Para registro, o presidente completa hoje (sexta-feira) 77 anos de idade”. Pois é, acabou indo para São Paulo. Só que ele voltou ontem, perto da hora do almoço, para Brasília. E a previsão é de que só seria no fim da tarde. Bem, deve ter comemorado o aniversário com a família anteontem de noite. Afinal, no meio do caminho tem a nova denúncia, aquele do ex-procurador Rodrigo Janot.

 

PingaFogo

 

Em tempo: sobre a nota “Uai, qual deles”: qual candidato à Presidência da República, entre os três citados, ele vai apoiar? Paulinho da Força (foto) (ele é presidente da Força Sindical) vai apoiar um deles, isso é certo! Os afagos a todos falam por si.

Mais um: como foi pelo Twitter, e não em cadeia nacional de rádio e TV, para ser justo nem era necessário que os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha ficassem em Brasília, solidários a Temer. Sem TV, não teria panelaço mesmo, né?

A propósito, o senador Benedito de Lira (PP-AL) defende alegalização de servidores de cartórios e o plenário já aprovou a legalização deles. A votação foi apertada. O placar fala por si: 25 a 21 a favor do projeto.

Bem, diante disso, espero que não seja só no “cartório de protesto”. De duplicatas e promissórias, bem entendido. É não. Afinal, apertado eles não devem estar. Com o salário e as outras regalias que recebem...

A casa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) vai a leilão por R$ 8 milhões. No mínimo, né? Bem que queria comprar, mas a Caixa Econômica reduziu o financiamento. Agora é só de 50%. Se fosse de 99%, iria comprar. Financiado.

 

 


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