Jornal Estado de Minas

MP deflagra operação contra desvio de recursos na saúde em Uberaba

Integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e a Polícia Militar deflagraram na manhã desta quinta-feira uma operação com busca e apreensão de documentos na casa do ex-secretário de Saúde e ex-deputado estadual Fahim Sawan (PSDB).



Fahim Sawan foi secretário de Saúde da Prefeitura de Uberaba entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015. A operação é conduzida pelo promotor João Vicente Davina. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e empresariais do ex-secretário municipal de Saúde de Uberaba e de outros três assessores diretos, comandantes da pasta no período investigado.

Todos são réus na ação civil pública  que corre na 1ª Vara Cível da Comarca de Uberaba, pedindo a condenação dos acusados por improbidade administrativa e a restituição aos cofres públicos do prejuízo causado pelo desvio de dinheiro, que supera os R$ 4 milhões.

Foram apreendidos dinheiro em espécie, veículos, computadores, telefones celulares e outros eletrônicos que contenham possíveis provas do ilícito, os quais passarão por perícia. Foi determinado, também, o bloqueio eletrônico de numerários dos réus e das empresas em que tenham participação societária, para garantia de futura restituição dos valores desviados. O valor do dinheiro apreendido não foi informado pelo Ministério Público.

A Prefeitura de Uberaba, por meio de nota, disse que a operação é consequência de uma investigação interna e se diz vítima no caso.

Confira a nota: 

 

"A operação "Aurélio" deflagrada pelo MP é consequência direta de investigação interna da Prefeitura de Uberaba , via Controladoria Geral, que apurava suposto superfaturamento na compra de medicamentos. Na época a sindicância foi aberta através uma ordem direta do prefeito que recebeu as denúncias do então conselheiro municipal de saúde Aurélio Luiz da Costa Junior.
Feita as apurações, o relatório que apontou indícios de irregularidades foi encaminhado pela própria Prefeitura via Controladoria  ao Ministério Público para as providências cabíveis. A PMU agiu dentro dos princípios da ética pública encaminhando além do relatório final, toda documentação inerente ao caso. Portanto, é importante esclarecer que a prefeitura é vítima, e não ré na Ação."

 

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