O presidente Michel Temer (PMDB) é alvo de mais um inquérito, autorizado nesta terça-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso. Desta vez, a denúncia é de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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Barroso autoriza novo inquérito contra Temer e Rocha Loures por corrupção e lavagemEm carta, governadores pressionam Temer por mais recursos e solução para Lei KandirTemer volta ao Planalto após almoço com sindicalistas e empresários no AlvoradaFachin inclui depoimento de Funaro em investigação sobre TemerTemer e Janot vão para o confronto às vésperas da saída do procurador-geralApós novo inquérito, defesa de Temer encaminha petição ao STF refutando investigação"De tudo o que até aqui se viu, há razoabilidade em a Procuradoria-Geral da República considerar haver nos autos elementos suficientes para a instauração de inquérito. Os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures, homem sabidamente de confiança do presidente da República, menciona pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses ilícitos para o próprio presidente da República, em troca de ato normativo de específico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar S/A”, ressalta Barroso na decisão.
Barroso se tornou o relator do caso, após Janot pedir para que o caso saísse das mãos de Fachin, relator dos casos da Lava-Jato na corte, porque o caso não tem relação com a operação.
Para Janot, a edição do decreto "contemplou, ao menos em parte, as demandas" de Rocha Loures em favor da Rodrimar.
Com a decisão do ministro Barroso, também serão investigados os empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à empresa.
Ainda de acordo com o relator, mesmo sendo presidente, Temer não está livre de responder as questões que o envolvem. “A ninguém deve ser indiferente o ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o Presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza.