Jornal Estado de Minas

Advogado de defesa pede tempo para Temer seguir com sua 'obra magnífica'

O advogado de Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, questionou a legitimidade da gravação feita por Joesley Batista no Palácio do Jaburu e classificou a denúncia contra o presidente como "capenga, xoxa e fruto de uma ficção" e pediu mais um ano e meio para que Temer termine a "sua obra magnífica". Segundo Mariz, a gravação foi deturpada, “apresenta enxertos e uma série de vácuos”, disse.  Ele defendeu ainda que a gravação seria plausível em caso de auto-defesa, quando alguém é chantageado. Diz que não foi isso que ocorreu neste caso. “O juiz não aceitará e verá como um nada jurídico”, atacou.

Na tentativa de aliviar os ataques contra a denúncia, o advogado convidou os deputados para conhecer o porão do Palácio do Jaburu e descreveu o subsolo da casa oficial do vice-presidente da República como uma sala de estar de luxo. O local foi usado para o encontro entre Temer e o empresário Joesley Batista em maio deste ano. Segundo o dono da JBS, na reunião Temer concordou em continuar com pagamentos mensais para manter o silêncio de Eduardo Cunha.

A votação começou às 9h da manhã desta quarta-feira e deve durar todo o dia.
É necessário que 342 dos 513 deputados federais registrem presença em plenário para que a votação tenha início. Se houver ao menos 342 votos a favor da denúncia o processo é devolvido ao STF, que se confirmar a abertura da ação penal o presidente é afastado. Se houver menos de 342 votos, o processo é arquivado e Michel Temer permanece no cargo..