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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 06/07/2017 12:00 / atualizado em 06/07/2017 09:25


A imbecilidade que alimenta os crimes

Melhor ir direto ao assunto e filosoficamente mandar o Partido da República para aquele lugar, sem usar um “palavrão”, no sentido de expressar raiva e xingar. Servem também outras definições, como vulgares, desnecessárias, mas discordo do sinônimo que inclui exageradas. Pelo menos diante do que pretende o PR, que trata como “critério subjetivo” a dificuldade que a Polícia Federal usa para autorizar a posse de uma arma.

Não tenho foro privilegiado, podem me processar se quiserem, o imbecil deputado José Rocha (PR-BA) e a também imbecil deputada Magda Mofatto (PR-GO). Antes, o registro da argumentação, tão burra que dispensaria maiores comentários: “a PF exige que, além de provar bons antecedentes, capacidade técnica e aptidão psicológica, a pessoa interessada em possuir uma arma comprove efetiva necessidade, expondo fatos e circunstâncias que justifiquem o pedido”.

Já que foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) tratar do assunto com a presidente Cármen Lúcia, aproveitem para já apresentar o processo, porque duvido de que ela concorde com isso. Aliás, o encontro com a ministra durou 15 minutos. Precisa dizer mais? Armar a sociedade, bastam os números de criminalidade. Quem tem em casa, costuma não conseguir se defender. Ao contrário, ajuda a aumentar o contingente de armas dos bandidos que o atacaram.

O argumento é pior ainda: “Quatorze anos após a aprovação do estatuto do desarmamento – considerado um dos mais rígidos do mundo –, o comércio legal de armas de fogo caiu 90%, mas as mortes por armas de fogo aumentaram 346% ao longo dos últimos 30 anos. Com quase 60 mil homicídios por ano, o Brasil já é, em números absolutos, o país em que mais se mata”. Tradução simultânea: mais armas, mais homicídios no país que mais se mata.

Quanto a exigência de “bons antecedentes” da Polícia Federal (PF), pelo jeito, José Rocha e Magda Mofatto não têm pelo menos no sentido político. Eles é que deveriam ser condenados no Conselho de Ética por falta de “capacidade técnica e aptidão” para conduzir seus mandatos.

Melhor ser mais rígido ainda diante do estatuto do desarmamento. Chama que a polícia vem aí, nobres parlamentares. Quem precisa de armas basta ir à Praça Sete em Belo Horizonte e comprar sem provar bons antecedentes nem aptidão psicológica.

No ano passado, em registro do próprio Estado de Minas, um revólver lá era comprado por R$ 300. Os dois envolvidos foram presos pela Polícia Militar, mas volta lá, para ver que o crime continua. Sabe o que vai acontecer diante de facilitar a venda de armas?

Aumentar o comércio por lá. Bandidos sabem usar, cidadãos de bem não. Vão apenas abastecer o estoque dos marginais.

É de muito...

bom gosto a iniciativa do deputado estadual Agostinho Patrus Filho (PV) e do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leitão. Foi entregue, esta semana, na Assembleia Legislativa (ALMG) o Título de Cidadã Honorária de Minas Gerais à Dona Nelsa Trombino, fundadora do Restaurante Xapuri. Também foram homenageadas Dona Lucinha, Beth Beltrão (Virada´s do Largo - Tiradentes), a precursora da alta gastronomia local, Dadette Mascarenhas (in memoriam) e a escritora Maria Stella Libânio (in memoriam).

Para quem então?

Só perguntando ao senador João Capiberibe (PSB-AP) que foi à tribuna discursar que “a reforma trabalhista proposta pelo governo Temer não é boa nem para os trabalhadores nem para os patrões”. E destacou, como um dos piores pontos, o fato de os acordos negociados passarem a valer mais do que a legislação”. A propósito, a reforma trabalhista será discutida esta semana e votada terça-feira que vem, avisou o vice-presidente do Senado Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que comandava a sessão terça à tarde.

Há risco
Em sentença no ano passado, o juiz Sérgio Moro, relator da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) já havia decretado a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci. Seus advogados recorreram, julgando “desnecessária”. Mas o Tribunal Regional Federal (TRF) disse que havia sim “risco à instrução criminal”. Moro ganhou mais uma. Palocci continua preso em Curitiba.

Uai, admitiu?
“O Aécio e o Temer estão colhendo tempestade porque plantaram vento”. Uma. “Se tem uma acusação contra o Temer, ele tem que ser investigado, se for culpado, tem que ser condenado”. Duas. Agora, a terceira, é admissão de culpa, diante do processo que sofre por causa do triplex: “A regra é essa pra mim, pra você e pra qualquer pessoa desse país”. Para ficar mais claro, “a regra é essa” para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é que ele não a cumpriu e tomou trovoadas do Tribunal Regional Federal (TRF-4ª região) que negou o seu recurso diante da ameaça de ser condenado e preso

Duas frases
Presentes, os deputados federais Nilson Leitão (PSDB-MT), que preside a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e Marcos Montes (PSD-MG) além de dirigentes de sindicatos e cooperativas de produtores rurais, diretores da Faemg e do Sistema Ocemg. Bastam duas frases: “Vamos fazer o que é possível. Mas não dá para falar que os débitos anteriores serão extintos”. Nilson Leitão. “Mais uma vez, o agronegócio, o setor que sustenta a economia do nosso país vai pagar a conta”. Antônio Carlos Arantes (PSDB), presidente da Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa.

PINGAFOGO

A propósito da iniciativa de homenagear Dona Lucinha, vale ressaltar que o deputado Agostinho Patrus Filho é o coordenador da Frente da Gastronomia Mineira. E o pai dele foi presidente da Assembleia e diversas vezes governador interino do estado.

Em tempo, ainda sobre o ex-presidente Lula: ele afirmou ontem que sonha em construir um bloco de esquerda progressista para disputar as eleições presidenciais em 2018.

Em entrevista à Rádio Arapuan, de Campina Grande (PB) Lula citou os partidos PT, PSB, PDT e PCdoB para compor o bloco com um “programa pragmático”. Bem, falta combinar, é repetição, mas é com  Sérgio Moro, “pragmático” como ele só em suas sentenças.

Ah! Diante da queixa sobre a coluna falar de futebol, ao pagar ontem o condomínio do prédio onde moro, a administradora comentou sobre isso. E gostou. Então, vou seguir o conselho do leitor que nem se identificar tem coragem e “falar de futebol mesmo”.

É um esforço danado, ou melhor, um esforço concentrado (no jargão político), com reuniões nas manhãs, tardes e noites. Tudo isso na Assembleia Legislativa (ALMG), para os deputados entrarem de férias o mais rápido possível.pelo juiz Sérgio Moro.

 


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