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Estado de Minas

Transporte coletivo de BH é tema de mais de 10% dos projetos de lei apresentados na Câmara

Textos tratam desde gratuidade até censura ao noticiário da TV dentro dos veículos


postado em 02/07/2017 06:00 / atualizado em 02/07/2017 07:44

Os vereadores são de Belo Horizonte, mas até parecem legislar numa espécie de “república independente dos ônibus”. Dos 275 projetos de lei apresentados na Câmara Municipal este ano, pelo menos 30 deles se referem ao transporte público coletivo da capital, o equivalente a mais de 10% das matérias. A maior parte das propostas da “bancada do busão” pleiteia passe livre para setores da população e outra grande parte concorre em irreverência. Nesse ônibus idealizado pelo legislativo, todos os assentos seriam prioritários, notícias internacionais seriam vetadas nas TVs dos coletivos, todas as estações teriam banheiro e bebedouro. O ônibus custaria a metade nos domingos e feriados e teria botão anti-incêndio e de pânico. Também contaria com bibliotecas nos pontos, que seriam vigiados por guardas municipais das 18h às 22h.

Cinco projetos de lei tratam de gratuidade e, caso sejam aprovados, mais 100 mil pessoas andarão de ônibus de graça, isso sem contar ainda com os desempregados. Idosos acima de 60 anos – hoje a regra vale para maiores de 65 anos –, militares, policiais civis, guardas municipais, atletas olímpicos de categorias de base e desempregados que recebem o seguro-desemprego podem ter a tarifa grátis. Atualmente, cerca de 250 mil têm o benefício.

Um dos projetos, do vereador Catatau da Itatiaia (PSDC), quer censurar a TV dos ônibus. A proposta proíbe conteúdo internacional e também veta assuntos que não tenham caráter educativo. “Nossos estudantes que utilizam do transporte escolar são hoje bombardeados com a eleição na França, o último lançamento de filme americano, o vestido novo da rainha da Inglaterra, o clássico Real Madrid x Barcelona”, escreve o vereador, na justificativa que acompanha o texto.

Já o vereador Jair di Gregorio (PP) quer criar o programa Doce Viagem, para formar trabalhadores para venderem guloseimas dentro dos ônibus. Segundo o texto, seriam oferecidas balas, paçocas e guloseimas em geral. “No que tange ao desemprego, entendo que devemos buscar alternativas para possibilitar o uso da força humana de trabalho. O detalhe que me fez apresentar o projeto de lei em comento resulta de observações e experimento próprio ao abdicar-me do automóvel e fazer uso do transporte coletivo por ônibus”, aponta o parlamentar no projeto de lei.


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