O apoio desses três órgãos à lei estadual é importante porque, embora tenham autonomia, também estarão sujeitos ao teto. As resistências à aprovação do teto começaram na base parlamentar de Pezão na Alerj e, dias depois, foram ratificadas por Picciani. Mesmo a distância, porque está se submetendo a um tratamento de saúde, o peemedebista segue comandando os deputados governistas.
Na quinta-feira, ele elevou o tom das críticas a Pezão e chegou a dizer, em entrevista à rádio CBN, que há crime de responsabilidade para um eventual impeachment. O governador é incompetente, não sabe argumentar e não tem força política, afirmou. Para o governador falta tudo. Ele estava preparado para governar Piraí e não para defender o Estado do Rio de Janeiro dentro da Federação Brasileira. O presidente da Alerj arquivou oito pedidos de impeachment contra Pezão, mas outros três estão pendentes de sua avaliação e Picciani cogita aceitar.
Em nota após a reunião de ontem, Pezão afirmou ter debatido normas e diretrizes orçamentárias para o equilíbrio fiscal e não citou a reação de seus interlocutores.
Pezão afirma manter negociação com o presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para tentar fechar o acordo que permitirá equilíbrio fiscal. Minha prioridade é fechar o acordo, para que possamos regularizar o pagamento dos servidores e pensionistas e dar previsibilidade às contas do Estado. Essa é e será a minha luta até o último dia do meu mandato, em 31 de dezembro de 2018, afirmou o governador, no texto.
(Vinicius Neder e Fábio Grellet).