Rio – Pelo menos 15 joias que pertenceriam à ex-primeira-dama do estado do Rio Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sergio Cabral (PMDB), foram apreendidas pela Polícia Federal no apartamento de Nusia Ancelmo Mansur, irmã de Adriana, na manhã de ontem.
Nusia Ancelmo Mansur, cunhada do ex-governador Sérgio Cabral, trabalhou no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Aloysio Neves Guedes por quase sete anos, entre 2010 e dezembro passado, quando pediu exoneração. Atualmente em prisão domiciliar, o conselheiro é um dos cinco que, em março, foi preso pela PF na operação Quinto do Ouro. Ele está afastado de suas funções.
Sergio Cabral e Adriana Ancelmo são réus em ação penal por lavagem de dinheiro na compra de joias em espécie. Segundo a denúncia, o casal adquiriu 189 joias e pedras preciosas em joalherias, ao custo de R$ 11 milhões. Uma delas chegou a custar R$ 1,8 milhão. Do total de joias, contudo, apenas 40 haviam sido encontradas antes da ação de ontem.
“O dinheiro sujo era oriundo de propinas pagas por empreiteiras entre os anos de 2007 e 2014, em contratos para obras do metrô, reforma do Maracanã, PAC das Favelas e do Arco Metropolitano.
Em maio, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral admitiu em interrogatório que utilizou “sobras de campanha eleitoral” para comprar joias para a sua mulher. A defesa de Adriana nega que a ex-primeira-dama tenha cometido os crimes e diz que ela só fez compra de joias com nota fiscal.
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