Reforma do plenário na Câmara de BH fica pronta este mês

Há um ano parlamentares estão usando cadeiras escolares no lugar das poltronas

Flávia Ayer
Ainda sem poltronas de luxo, vereadores ocupam cadeiras escolares - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Desde janeiro funcionando no improviso, o plenário principal da Câmara Municipal, o Amynthas de Barros, terá sua reforma concluída este mês. Poltronas similares às do Senado Federal já estão na Casa Legislativa e as mesas dos vereadores chegam na próxima semana. O cronograma prevê que os novos móveis estejam instalados para as reuniões plenárias de julho, quando se espera que as sessões voltem à normalidade.


Há um ano com o plenário em reforma, parlamentares estão usando cadeiras escolares no lugar das poltronas. O maior impacto no funcionamento das reuniões, entretanto, é porque, durante esse período, o painel eletrônico não está em uso e as votações e verificações de quórum são feitas de forma nominal, com a chamada de cada um dos 41 parlamentares.

“Estão faltando detalhes. As cadeiras já chegaram e as mesas chegam na próxima semana”, avisa o presidente da Casa Legislativa, Henrique Braga (PSDB). A justificativa para a demora é porque houve dois processos fracassados e uma das empresas participantes também recorreu. Somente as cadeiras custaram R$ 171 mil. A encomenda é de uma poltrona com encosto alto para o presidente, no valor de R$ 4,7 mil, e outras 50 poltronas – 10 a mais que o número de vereadores –, no valor de R$ 3,3 mil, para os demais parlamentares.



As poltronas são giratórias e têm encosto para os braços. O acabamento é com capa de polipropileno. Elas contam ainda uma mola na coluna central para amortecer e evitar impactos bruscos. Segundo justificativa no edital, as cadeiras novas são necessárias porque “as atuais poltronas estão em estado lastimável”. Os móveis seguem os modelos do Senado Federal.

A reforma do plenário, que agora é revestido de mármore branco e vidros espelhados, entre outros luxos, custou cerca de R$ 1 milhão. O recurso inclui também a reforma do restaurante da Câmara, ainda em fase de acabamento. “Estão faltando somente alguns detalhes”, afirma Braga, sem precisar a reabertura.

Durante a votação da reforma administrativa do governo Alexandre Kalil (PHS), nesta semana, a falta do painel eletrônico foi assunto em plenário. Como eles estão vinculados às mesas, enquanto elas não chegarem, não há como usar a tecnologia, que agiliza as votações. A apreciação do projeto da prefeitura, com suas mais de 100 emendas, várias delas polêmicas, durou mais de cinco horas.

A votação só não demorou mais porque o líder de governo, Léo Burguês de Castro (PSL), fez acordo com vereadores para analisarem as emendas em 17 blocos. Ainda assim, a cada voto e pedido de verificação de quórum, era preciso chamar um a um os parlamentares. A vereadora Nely (PMN) comandou a chamada.

Restaurante popular

Em atraso, a obra do Restaurante Popular na Câmara também está na reta final, de acordo com o presidente da Casa. Segundo Henrique Braga, falta a licitação do mobiliário.

Por decisão da Justiça, o restaurante popular da Câmara Municipal está fechado desde junho porque não se adequava às normas da Vigilância Sanitária.

O refeitório funcionou por 12 anos e servia 1,2 mil almoços por dia. A obra foi compromisso firmado entre Executivo e Legislativo.

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