Com as galerias lotadas, começa na tarde desta quarta-feira a votação da reforma administrativa do governo Alexandre Kalil (PHS) na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
O principal embate é em torno do Conselho LGBT, emenda da bancada da esquerda. A medida é combatida, principalmente, pela bancada religiosa.
Nas galerias, movimentos sociais favoráveis à medida e grupos contrários à criação do conselho esquentam o clima da votação.
De um lado, os gritos pedem "respeito, sim, privilégio, não". "Acho inapropriada a de gênero", afirma a aposentada Simone Matta, de 55, com um cartaz "Somos pela família" em mãos.
Do outro lado, grupos em defesa dos direitos LGBT gritavam "As bi, as gay, as trans e as sapatão. Estão tudo organizada para ganhar o Conselhão". "Não é um privilégio, é uma dívida histórica que a sociedade tem com a população LGBT", afirma Walkiria Gomes, primeira assessora parlamentar a usar o nome social na Câmara Municipal.