Rocha Loures será transferido para carceragem da PF em Brasília

Preso na Penitenciária da Papuda desde o dia 7, advogados do ex-deputados alegaram 'risco de vida' e contaram que ele vinha sofrendo 'ameaças diretas e indiretas'

Isabella Souto
Defesa alegou à Justiça que pai do ex-deputado Rocha Loures (PMDB-PR) recebeu telefonema com ameaças - Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira a transferência do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para a carceragem da Polícia Federal em Brasília.

O ex-parlamentar estava na Penitenciária da Papuda desde o dia 7 e alegou risco de vida para voltar para a carceragem da PF.

A defesa de Rocha Loures disse que ele sofria "ameaças diretas e indiretas" por especulações de que poderia assinar um acordo de delação premiada com a Justiça.

E contou que, no último dia 8, o pai do ex-deputado recebeu um telefonema em que foi avisado que corria risco de vida caso Loures não aceitasse fazer delação.

“Não seria de se ignorar que o interior de prisões é local propício para se encaminhar um matador, um executor de sua execução”, alegou a defesa do ex-deputado.

Ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB), Rocha Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo, em São Paulo, uma mala com R$ 500mil. Segundo delações de executivos da JBS, o dinheiro era proveniente de propina.

No despacho de duas páginas, o ministro Edson Fachin determinou a transferência de Loures em razão das gravidade das alegações. O magistrado ainda pediu apuração das ameaças pelo Ministério Público.
(Com agências).