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Estado de Minas

Missa do Dia do Trabalhador em Contagem é palco de mais protestos contra reformas

A celebração concentrará atos contra as mudanças da legislação trabalhista e da Previdência, promovidas pelo governo de Michel Temer (PMDB)


postado em 01/05/2017 09:06 / atualizado em 01/05/2017 10:26

Faixas no local da missa conclamam os trabalhadores à reagirem e não aceitar as perdas de direitos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
Faixas no local da missa conclamam os trabalhadores à reagirem e não aceitar as perdas de direitos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )

A tradicional missa do Dia do Trabalhador realizada na Praça da Cemig, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, é palco para mais protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência, promovidas pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). A expectativa dos líderes sindicais é que cerca de 6 mil pessoas participem do ato na manhã desta segunda-feira. A missa é celebrada por dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Esta é a 41ª edição da celebração.

Coordenador do ato marcado para esta manhã, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e região metropolitana, Geraldo Valgas, espera sensibilizar ainda mais os trabalhadores para a perde de direitos embutida nas reformas. “Nossa bandeira neste ano são as reformas e a lei da terceirização. O trabalhador não vai mais se aposentar e ainda perder todos os direitos que conquistamos na CLT", afirmou o sindicalista.

Em entrevista à imprensa, o bispo ressaltou que o país vive atualmente um momento difícil, com 13 milhões de desempregados. "Sentimos a dificuldade que traz o desemprego, a violência, a falta de segurança e doenças como a depressão, além da desestruturação familiar", lamentou dom Otacílio.
Ver galeria . 30 Fotos Missa do Dia do Trabalhador reúne cerca de 6 mil pessoas em Contagem. Ato foi palco de protestos contra as reformas trabalhista e da PrevidênciaJuarez Rodrigues/EM/D.A Press
Missa do Dia do Trabalhador reúne cerca de 6 mil pessoas em Contagem. Ato foi palco de protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )


Dom Otacílio destacou que o Brasil vive ainda um período de crise ética na política e defendeu que o governo federal dê mais espaço à sociedade na discussão das reformas trabalhista e previdenciária. "Não é com a imposição de decretos e abolição de direitos já conquistados (que se faz reformas)", disse. 

Ele afirmou ainda que apoia manifestações como as realizadas em todo o país na sexta-feira passada, quando milhares de trabalhadores cruzaram os braços e saíram as ruas. "O caminho é a manifestação, mas desde que sejam pacíficas e não promovam a violência. A igreja apoia o direito de expressão e de levantar propostas", concluiu.

Antes da missa, que começou pouco depois das 9h, sindicalistas se revezaram no altar montado na Praça da Cemig. Nos discursos, frases contra o governo Temer e as reformas na legislação que rege as relações de trabalho e nas regras para a aposentadoria.

Na última sexta-feira, dia conclamado para ocorrer a greve geral, os protestos em BH reuniram uma multidão. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), foram 150 mil pessoas. A Polícia Militar (PM) não divulgou estimativa de público. Segundo a presidente da CUT em Minas, Beatriz Cerqueira, o ato sindical foi o maior já realizado em Minas Gerais em presença de público. Em todo o estado foram 60 ações.

Apesar das manifestações contrárias e da baixa popularidade nas pesquisas, Michel Temer já avisou que continuará com as mudanças. "As reformas são fundamentais. Acontece o que acontecer, haja protesto ou não haja protesto, o país continuará trabalhando", afirmou o presidente.


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