Kalil diz que disputará reeleição em 2020 e nega candidatura ao governo de MG

Em entrevista ao Estado de Minas, prefeito de Belo Horizonte disse que já sentiu 'na pele' a importância de um segundo mandato

Isabella Souto Bertha Maakaroun
- Foto: Jair Amaral/EM/D.A Press

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), admitiu nesta terça-feira que poderá ser candidato à reeleição em 2020. “Eu vi que o segundo mandato é muito importante. Senti isso na pele. Acho que tem chance de errar menos no segundo mandato”, disse o prefeito em entrevista ao Estado de Minas.

Ao completar 100 dias à frente do comando da capital mineira, Kalil afirmou que já tem vários projetos e está fazendo o “simples, o básico e o lógico, sem mirabolância”. “Prefeito não é Deus, é um cara que vive e viveu na cidade, sabe que tem muita coisa simples (para fazer)”.

Na avaliação Kalil, a população de BH tem reconhecido que a administração lutando para revitalizar a cidade e enfrentar questões como a volta dos camelôs, cracolândia e combate à criminalidade.

Qualquer projeto, no entanto, é limitado à questão orçamentária.
A previsão da PBH é que o orçamento deste ano chegue a R$ 12 bilhões. No primeiro bimestre do ano, ele conta que já conseguiu economizar R$ 285 milhões em relação ao mesmo período de 2016, graças a cortes de pessoal e custeio. No entanto, o caixa enfrenta também uma queda na arrecadação.

Governo

Até pelo fato de pretender disputar a reeleição, Kalil garantiu que não vai ser candidato para o governo de Minas Gerais nas eleições do ano que vem. “Sou um homem de compromisso, sempre fui”. E avisou: integrante da sua equipe que quiser fazer campanha para algum candidato em 2018 terá que deixar o cargo.

“Secretário meu, para apoiar alguém politicamente vai ter que conversar comigo. Secretário meu é para a Prefeitura. Aqui não vai ser usado para campanha, é uma questão de hierarquia. Se eu escolhi técnicos é porque não é para ninguém perder tempo fazendo campanha enquanto estamos com a Prefeitura cheia de problemas”, afirmou.

Ele evitou comentar sobre futuros apoios nas eleições do ano que vem. “Ainda tem muita água para correr”. Mas deixou claro que não vai simplesmente seguir orientação de seu partido, o PHS.
“Vão ter que conversar comigo”.

Leia na edição de amanhã, do Estado de Minas, a entrevista completa com Alexandre Kalil.