MPF entra com ação contra PP por improbidade administrativa

Os políticos do partido recebiam mesadas que variavam de 30 mil a 300 mil mensais

Marcelo Ernesto
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quinta-feira o Partido Progressista (PP) pelo crime de improbidade administrativa.
De acordo com coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, esquema envolvendo políticos da legenda conta com pagamento mensal de uma espécie de mesada. Ao todo, segundo ele, os valores recebidos mensalmente variavam entre 30 e 300 mil e 21 parlamentares participaram. Os valores foram pagos entre 2004 e 2014.

O MPF pede que sejam ressarcidos R$ 2.303.182.588,00. O partido, segundo a denúncia oferecida pelo MPF, trabalhava com duas frentes de desvio de recursos. A diretoria de abastecimento da Petrobras era onde estava uma das pontas e a outra ligada a Braskem, empresa do grupo Odebrecht.
De acordo com o MPF, o esquema do PP desequilibra a corrida eleitoral.


“As evidências colhidas ao longo da investigação apontam que o dinheiro ilícito da corrupção da Petrobras foi empregado para o enriquecimento ilícito dos participantes e para financiar campanhas eleitorais”, afirma o MPF.

Além do ressarcimento, o MPF pede a condenação de todos os envolvidos pelo mesmo crime de improbidade administrativa, o ressarcimento dos valores e a suspensão dos direitos políticos. .