'Não há previsão', diz Fachin sobre inquéritos ligados à Odebrecht

De acordo com o ministro, ele está sistematizando o trabalho o que pode levar a atrasos, principalmente, por causa do volume de inquéritos

- Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava-Jato no tribunal, disse nesta sexta-feira, que não necessariamente irá apresentar na semana que vem o resultado de sua análise sobre as aberturas de inquérito pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. É possível, portanto, que isso só ocorra no mês de abril.

"Estou lendo e sistematizando o trabalho. No total, são quase 900 requerimentos", desconversou Fachin, no Rio, onde participou de uma banca de concurso para professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A agenda foi na Procuradoria-Geral do Município do Rio. "Por agora, não há previsão. Vou usar o que dizia o (José Gomes) Pinheiro Machado, político do Império: 'não vou tão devagar, que pareça provocação, nem tão rápido, que pareça fuga'. A celeridade eu acho importante, mas tenho o ônus argumentativo para evidenciar as conclusões a que estou chegando. Qual é o tempo? O necessário".

A expectativa era de que o relator, que recebeu o material há três dias, tomasse suas decisões na semana que vem.
São 83 pedidos de investigação de parlamentares e ministros, baseados na delação premiada de 78 executivos da Odebrecht.

Ele também irá deliberar sobre 211 casos de pessoas sem foro privilegiado, que serão enviados a tribunais inferiores, e pedidos de arquivamentos, entre outras providências..