"No pedido que foi feito pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião foram R$ 30 milhões", afirmou.
Costa depôs como testemunha de acusação na ação penal contra Cabral, acusado de recebimento de propina de R$ 2,7 milhões em contrato de terraplanagem das obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), da Petrobras.
Moro o indagou sobre informação de que os executivos da empreiteira Andrade Gutierrez - também envolvidos na propina a Cabral nas obras do Comperj -, mencionaram em seus depoimentos que "havia compromisso de 1% no contrato de terraplanagem da obra". O juiz quis saber de Paulo Roberto Costa se a ele foi falado em porcentuais.
Costa respondeu que o executivo da Andrade perguntou a ele se era para honrar o compromisso com o governador. "E minha resposta foi que era para honrar o compromisso com o governador."
Moro quis saber, então "Qual era o compromisso?".
"No pedido que foi feito pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião foram R$ 30 milhões."
O juiz da Lava Jato perguntou porque o ex-diretor da Petrobras aceitou pagar.
"Eu aceitei ajudar na ocasião porque ele (Cabral) era uma figura proeminente no PMDB à época, e o PMDB era um partido que estava me apoiando junto com o PP (na Petrobrás)."
"(A reunião) Foi antes da eleição de 2010, acredito que seja nos primeiros meses, no primeiro semestre de 2010.
A reportagem procurou o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e a defesa do ex-governador Sérgio Cabral. Não houve retorno..