Responsáveis por enviar para o exterior milhões de dólares em recursos obtidos por meio de corrupção, os colaboradores detalharam gastos prosaicos do ex-governador, de custos médicos a recolhimento de impostos - tudo bancado com dinheiro sujo.
Em depoimento, os irmãos Chebar revelaram que uma das anotações codificadas refere-se a despesa de R$ 1.500 para o tratamento psicológico da "mulher ou sogra" de Cabral. Também é listado o pagamento mensal de R$ 3.250 para aulas de equitação para um dos filhos do ex-governador, na Sociedade Hípica. A organização teria repassado, no total, R$ 19,5 mil para este fim.
A ex-sogra e a ex-cunhada de Cabral também aparecem na planilha como receptadoras dos recursos. O documento tem referências a Angela Neves e Nina Neves, ao lado dos bancos nos quais têm conta, com anotações de depósitos mensais de R$ 7.500 para cada uma. Somadas todas as vezes em que os seus nomes são citados, cada uma teria recebido R$ 37,5 mil do esquema, entre 2014 e 2015. Elas ainda não foram citadas em nenhuma denúncia.
Os Chebar relataram que o esquema dos repasses era sigiloso e complexo. Um dos operadores mais próximos de Cabral, Carlos Miranda, que está preso, entregava boletos bancários para que efetuassem pagamentos.
A defesa de Carlos Miranda afirmou que "todos os fatos relatados na denúncia serão esclarecidos". A defesa de Susana Neves disse desconhecer a planilha e não se manifestou. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..