Oposição pede na Justiça que governo de MG recomponha 'valores mínimos' de depósitos judiciais

O Executivo ingressou com recurso contra o bloqueio de R$ 1,5 milhão dos cofres estaduais para recompor fundo de reserva para pagar alvarás

Marcelo Ernesto
Deputados da oposição ao governador Fernando Pimentel(PT) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais protocolaram na Justiça uma ação popular questionando o uso dos depósitos judiciais pelo governo do estado.
Na ação, eles pedem que “valores mínimos” sejam recompostos no fundo de reserva. Os parlamentares ainda pedem para o Ministério Público se manifeste sobre a possibilidade da utilização dos recursos configurar ato de improbidade administrativa.

Ação foi protocolada nessa quinta-feira e tem a assinatura dos deputados tucanos Gustavo Valadares, Bonifácio Mourão e João Leite, além de Fabiano Tolentino (PPS).

Na quarta-feira o governo de Minas contestou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite o bloqueio de R$ 1,5 bilhão dos cofres estaduais para recompor o fundo, e informou que vai tentar revertê-la.

Em nota, o Executivo disse que vai recorrer com instrumentos cabíveis para que o Banco do Brasil “mantenha a apuração mensal dos saldos dessas contas bancárias” e garanta que os alvarás concedidos pela Justiça sejam “honrados pela instituição financeira”.

Na última terça-feira, decisão da ministra Cármen Lúcia determinou que o estado deve recompor o fundo, como pede em ação o Banco do Brasil. A magistrada negou liminar pedida pelo governo mineiro contra ato do BB solicitando a recomposição do valor do fundo de reserva destinado a garantir a restituição ou os pagamentos referentes aos depósitos judiciais. .