Governo tira do ar campanha polêmica sobre mortes no trânsito

As peças traziam grupos de pessoas, como voluntários e estudantes para mostrar que ''gente boa também mata''

Juliana Cipriani

A campanha do ministério dos Transportes gerou versões contra o governo - Foto: Reprodução da internet


- Foto: Reprodução Depois da repercussão negativa e de inúmeras críticas nas redes sociais, o governo resolveu tirar do ar a campanha contra mortes no trânsito com o mote “Gente boa também mata”. A decisão veio após um pedido oficial ao Ministério dos Transportes registrado pelo deputado federal Ricardo Trípoli (PSDB-SP), que será o líder dos tucanos na Câmara, solicitando a retirada das peças do ar. O próprio parlamentar foi comunicado pelo ministro Maurício Quintella Lessa e deu a notícia em suas redes sociais.

A peça incomodou muita gente, especialmente os defensores de animais, grupo defendido pelo deputado tucano. Isso porque um dos cartazes trazia a foto de uma moça com um cachorro no colo e dizia: “quem resgata animais na rua pode matar”. Uma das críticas foi a apresentadora e ativista da causa, Luisa Mel.

“Muito ajuda, quem não atrapalha. A campanha para não usar celular ao volante é louvável, mas foi lamentável a forma como a agência contextualizou a campanha”, afirmou a ativista. A propaganda viralizou nas redes sociais como uma "bola fora" do governo Temer.


As versões também falavam de voluntários e estudantes com textos como “o melhor aluno da sala pode matar”. O objetivo era alertar os motoristas sobre o perigo do uso do celular ao volante e mostrava pessoas que olhavam para a tela do aparelho e acabavam, com isto, atropelando alguém na rua.

O levante popular da juventude fez versões com o presidente Michel Temer (PMDB) que fizeram sucesso na internet com textos como “quem corta investimentos na saúde também mata” e “quem rasga a CLT mata gente todo dia”. Até o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) ganhou sua versão “proibida”. No caso dele o texto foi “Quem fecha escolas e bate em professor pode matar”.

- Foto: Reprodução 

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