Brasília – O presidente da República, Michel Temer (PMDB), convocou reunião de emergência com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e outros ministros de governo ontem à tarde para avaliar o conteúdo do vazamento das delações do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho à força-tarefa da Lava-Jato e discutir medidas para a retomada da economia ainda este ano. O encontro, no Palácio do Jaburu, contou com a equipe econômica do governo e da área de investimentos.
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EMPREGO E RENDA De acordo com Rosso, “a prioridade” do governo federal “é a retomada da economia”. “No Senado, a PEC dos gastos. E, na Câmara, a reforma da Previdência.
O Palácio do Planalto reagiu aos vazamentos com “preocupação” e sem “ingenuidade”, segundo já havia dito o próprio presidente. A ordem de Temer é evitar muitos comentários, reforçar que as delações precisam ser comprovadas e que o governo tem que “continuar trabalhando” pelo país.
O anexo da delação de Cláudio Melo Filho traz menções a ministros e parlamentares. No total, cerca de 50 políticos são citados pelo executivo. Na lista de nomes mencionados, além do presidente da República, Michel Temer, e dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), o executivo cita 3 ministros de Estado, um secretário do núcleo duro do governo, ao menos sete ex-ministros, além de senadores, deputados, ex-parlamentares e assessores.
O Palácio do Planalto negou a denúncia contra Temer e afirmou que o presidente repudia “com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho”. “As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE.