Após a vitória de seu candidato Roberto Cláudio (PDT) à prefeitura de Fortaleza, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) afirmou que a saída para a esquerda é se juntar a forças de centro. Ciro prevê que a criação de uma "frente de esquerda" no Brasil, cogitada por algumas lideranças políticas, não é viável. Para ele, o País "não cabe na esquerda". "O Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento, com começo, meio e fim, e que, audaciosamente, busque construir um grande entendimento entre quem produz e trabalha. Este é o projeto que estou montando", disse. Segundo ele, o mais viável é a união de políticos de "centro-esquerda".
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Ciro chama Doria de 'playboy' descomprometido com a populaçãoCandidato à reeleição, prefeito de Fortaleza vota acompanhado de Ciro Gomes'Candidatura de Ciro é irreversível', diz presidente do PDTCiro Gomes promove transferência de governadores petistas para outros partidos"Acho que não acontecerá no primeiro turno esse ajuntamento", afirmou Ciro em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado. "É a natureza do escorpião.
O ex-governador do Ceará acredita que somente em um eventual segundo turno o partido do ex-presidente Lula poderia vir a apoiá-lo. Para Ciro, há um "lado bom" nisso.
Na avaliação de Ciro, Lula não deve se candidatar novamente. "A melhor hipótese seria ele ganhar e não conseguir governar e prorrogar essa crise", afirmou o ex-ministro, que foi candidato a presidente em 1998 e 2002. "Tem horas que você tem de entender que seu papel é dar passagem generosamente, recuperar seu justo nome na história, desmobilizar esses ódios e tentar com alguma generosidade dar passagem".
Candidatos
Ciro prevê que o pleito de 2018 terá um quadro semelhante ao de 1989, primeiras eleições diretas para presidente após a ditadura militar. Segundo ele, a disputa deverá ter de cinco a seis candidatos competitivos. "O (Geraldo) Alckmin, se quiser, será candidato", afirma o pedetista, em referência ao governador de São Paulo, considerado o grande vitorioso do último pleito municipal por eleger João Doria (PSDB) prefeito de São Paulo no primeiro turno.
Na visão dele, o PMDB deverá lançar ou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, atualmente filiado ao PSD, ou o próprio presidente Michel Temer, caso haja alguma melhoria na economia brasileira. Os outros três candidatos seriam ele, a ex-senadora Marina Silva, que tem o "recall" das últimas duas eleições presidenciais, e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).