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PEC do teto faz estudantes ocuparem 94 escolas no País, diz UbesCom escolas ocupadas, PR gasta R$ 3 milhões a mais para mudar locais de votação Zonas eleitorais em escolas ocupadas em BH e Juiz de Fora funcionarão normalmente
Segundo a União Colegial de Minas Gerais (UCMG), somando as instituições de ensino superior, ao todo, ontem, eram 62 escolas participando do movimento estudantil no estado. Na capital mineira, entre os colégios ocupados está o tradicional Milton Campos (Estadual Central), no Bairro de Lourdes, onde votam 8.575 eleitores, entre eles os candidatos João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS), além do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e do senador Aécio Neves (PHS).
Em estados como o Paraná, onde cerca de 850 escolas estão ocupadas, a Justiça Eleitoral já transferiu os locais de votação. Ao todo, 700.315 eleitores terão que votar em outro lugar. Em Minas, porém, o TRE informou que, por enquanto, não vai se posicionar sobre o tema.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que está negociando com os estudantes e confirmou que deve haver um diálogo entre as lideranças do movimento e o TRE. “Em relação à votação em segundo turno em escolas ocupadas, a Secretaria de Estado de Educação foi informada do diálogo aberto com o Tribunal Regional Eleitoral para tratar da questão. A SEE segue acompanhando todo o movimento dos estudantes e orientando as direções das escolas a atuar sempre com base no diálogo, respeitando o direito à livre manifestação dos movimentos estudantis”, informou a secretaria em nota.
Em Belo Horizonte, as sete escolas ocupadas que abrigam locais de votação somam 44.895 mil eleitores segundo o TRE-MG. Além do Estadual Central, tomado pelos estudantes há 20 dias, estão ocupadas as escolas Santos Dumont, Maria Carolina Campos, Geraldina Ana Gomes e Juscelino Kubitschek de Oliveira, na região de Venda Nova; a Escola Estadual Ari da Franca, no Bairro Santa Mônica; e a Escola Estadual Professor Ricardo Souza Cruz, no Bairro Caiçara.
Segundo Késsia Teixeira, o movimento não tem data para terminar e o objetivo é pressionar pela derrubada da PEC 241. “Queremos barrar também a MP 746”, diz a estudante, em referência à proposta do governo federal de reforma do ensino médio.
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