Jornal Estado de Minas

Após desdenhar do prefeito, João Leite ignora apoio de Délio na eleição à PBH


Depois de desdenhar do possível apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB) à sua candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte, o candidato do PSDB, deputado estadual João Leite, não quis comentar, na manhã desta terça-feira, a declaração de voto do vice-prefeito Délio Malheiros (PSD). O tucano visitou a Santa Casa, onde foi sabatinado por médicos, enfermeiros e funcionários do hospital.

No encontro, João Leite creditou ao PT boa parte das mazelas e dificuldades vividas pela entidade filantrópica. Segundo o tucano, apesar da crise, a arrecadação de impostos federais aumentou e, mesmo assim, os recursos não vieram. “Temos que buscar os recursos que são de Belo Horizonte e Minas Gerais. Nos 14 anos do governo do PT, Minas permaneceu no 15º lugar em repasse de dinheiro da saúde do governo federal. Não vou permitir isso”, afirmou.

Se eleito, João Leite disse que se tornará líder na captação de recursos para a cidade.
O parlamentar disse que pedirá aos 53 deputados federais que dediquem parte dos R$ 7,5 milhões em emendas para os hospitais da Santa Casa. “A manutenção da Santa Casa é fundamental, não precisamos gastar dinheiro público para construir um grande hospital, ele está pronto. Temos que apoiar permanentemente para que a população tenha atendimento”, afirmou.

João Leite se recusou a comentar a possível adesão do prefeito Marcio Lacerda à sua campanha. O PSB tem reunião no fim da tarde para tratar do assunto. O candidato saiu andando quando questionado sobre Délio Malheiros, que, nesta segunda-feira, disse que votará e vai torcer por ele. O PSD de BH também divulgou nota de apoio a João Leite.


Malheiros, apoiado pelo prefeito Marcio Lacerda, ficou em quinto lugar na disputa no primeiro turno. O nome dele chegou a ser colocado como de consenso para unir PSDB e PSB na eleição, mas Lacerda não aceitou. Só no último dia de registro, o prefeito desistiu da candidatura do engenheiro Paulo Brant para apoiar Délio.

Sobre a declaração do PCdoB de apoio à campanha do ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS), o candidato tucano disse não haver surpresa. “É normal que esse pessoal que levou o Brasil a 14 anos de sofrimento e produziu 12 milhões de desempregados não estejam comigo, eles estão do outro lado”, disse. .