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Maioria dos grandes partidos perde vereadores na Câmara de BHSó quatro partidos ampliaram votação na Câmara de BHPartidos articulam criação no Congresso de 'fundo eleitoral'Candidatos mais ricos vencem em SP, MG e SCRelação dinheiro e voto é maior nas grandes cidadesO instituto, especializado em pesquisa e conhecimento sobre o consumo popular no Brasil, avalia que as classes D, E e os recém-ingressos na classe C atribuem os avanços conquistados primeiramente a Deus e, depois, ao esforço próprio. O governo tem cada vez menos participação nisso. A situação tende a se agravar mais ainda, já que o PT perdeu o comando do governo federal, mingou nas prefeituras – até mesmo no Nordeste, bastião eleitoral do partido, os resultados ficaram aquém do esperado – e tende a ter um desempenho sofrível também na disputa pelos governos estaduais e ao Planalto em 2018.
“Se formos lembrar, o PT, em suas origens, não era um partido dos grotões. Era um partido da classe média e dos intelectuais. Nós chegamos a esse público após a vitória de Lula em 2002”, recordou o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA). Florence ainda pontuou o que ele considera uma diferença entre o discurso voltado para os mais carentes do Nordeste e os moradores da periferia paulistana, por exemplo. “A classe D e E de São Paulo é composta por metalúrgicos. No Nordeste, essa faixa é mais carente e depende muito mais da presença do estado”, argumenta o líder baiano.
INCLUSÃO Essa revisão interna no discurso começou ainda em 2013, quando a população foi às ruas pedir melhorias nos serviços públicos.
Para o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), os êxitos do governo Lula no Nordeste foram mais ligados à boa conjuntura internacional, que permitiu ao governo federal ter mais recursos para investir na região. E recorda que, antes dos anos petistas, era o antigo PFL – hoje DEM – que tinha uma hegemonia na região. Tanto que, em 1994, Fernando Henrique Cardoso, candidato do PSDB ao Planalto, uniu-se ao PFL de Antonio Carlos Magalhães para ter maior visibilidade nos grotões. “A população brasileira e o eleitorado, em especial, são conservadores. Eles não são ligados a teorias.
Aleluia não acredita, contudo, que haja uma migração uniforme dos votos da periferia. “Nos grandes centros, isso pode acontecer de maneira mais rápida. No Nordeste, contudo, a tendência é que esse processo seja mais lento, já que a região dependerá de ações econômicas mais efetivas do governo federal. E, nesse caso, os resultados vão demorar mais a ser percebidos”, ponderou o deputado do DEM.
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