No primeiro fim de semana depois de escolhidos para concorrer no segundo turno das eleições, os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte escolheram as regiões mais populosas da cidade para pedir voto nas ruas. O deputado estadual João Leite (PSDB) foi ao Bairro Jardim Leblon, em Venda Nova, e o ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS) fez caminhada na Avenida Sinfrônio Brochado, no Barreiro. Depois do primeiro debate na TV, os dois escancararam de vez o clima de guerra na disputa final pelo voto do eleitor.
João Leite visitou um abrigo e uma creche ao lado de um campo de futebol. Antes de entrar, parou para conversar com crianças que praticam o esporte. O ex-goleiro partiu para o ataque contra o adversário. “Esta campanha tem dois lados: o lado do Kalil, que está com o Pimentel e o PT, e o do João Leite, que está conversando com a população e assumindo compromissos com BH”, disse. Sobre a nova tática, o tucano disse que não vai se furtar a “colocar as questões às claras” para a população. João Leite acusou Kalil de fazer um “entendimento” para tentar impedir que o candidato do PMDB, deputado Rodrigo Pacheco, o apoiasse.
“Ele tenta dizer que não é político e vai ao Palácio da Liberdade encontrar o governador.
DISPUTA O ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil, candidato do PHS à Prefeitura de BH, disse que o adversário nas urnas, deputado estadual João Leite (PSDB), não se preparou para a disputa e acusou os tucanos de terem colocado a população de BH em “desgraça”. O empresário fez caminhada em um centro comercial do Barreiro, onde pediu votos e voltou a criticar o rival. Kalil chegou ao local minutos depois de o vice de João Leite, o vereador Ronaldo Gontijo (PPS), que mora ali perto, panfletar e adesivar carros. Na esquina em que chegou, havia várias bandeiras do PSDB, uma delas balançada pelo deputado estadual Célio Moreira, primeiro suplente de João Leite, que pode ganhar uma vaga na Assembleia com a eleição dele.
“Ele devia se preparar para saber que existe um mundo que não é o PSDB nem o PT.
Sobre as propostas para a Região do Barreiro, Kalil disse que primeiro vai escutar os moradores. “Estou andando, é uma região que tem uma qualidade de vida razoável, não é uma zona de risco, não é uma tragédia, é um bairro relativamente rico, atendido, e que não faz parte de nenhum bolsão de miséria.