São Paulo, 30 - Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) e Celso Russomanno (PRB) trocaram acusações durante o período de considerações finais do último debate na TV antes do primeiro turno, promovido pela Globo.
Marta acusou Russomanno de não ter pago ex-funcionários e ser alvo de ações trabalhistas. "O Russomanno tem vários escândalos, não pagou trabalhadores, inclusive garçons, e está na Justiça", disse Marta. Ela também aproveitou o tempo para dizer que o prefeito Fernando Haddad (PT) está "de costas para a periferia".
Russomanno, falando logo após Marta, disse que todos os funcionários foram pagos e alfinetou a adversária. "Ela se esconde atrás de comercial de TV, gastou 400 comerciais para falar mal ao meu respeito", disse. "Ela mente descaradamente", afirmou. O candidato prometeu colocar em seu site todas as decisões que provam o pagamento de direitos trabalhistas aos ex-empregados.
Luiza Erundina (PSOL), a primeira a fazer as considerações finais, afirmou que pretende governar colocando a população para participar diretamente da administração. "Lembrando que eu já fui prefeita, saí bem avaliada no meu governo e pretendo governar fazendo inversão de prioridade", comentou, falando sobre a participação popular direta.
Haddad usou seu tempo para dizer que há dois projetos em disputa pela Prefeitura, referindo-se a ele e ao empresário João Doria (PSDB). "Um projeto privatista que quer vender a cidade, dos cemitérios aos corredores, das ciclovias ao futuro Parque de Interlagos, e um que vê a cidade como bem público", afirmou.
Doria voltou a falar que é um gestor e vai usar sua experiência como empresário para resolver os problemas da cidade.
Major Olimpio (SD) criticou as propostas dos adversários dizendo que são "inexequíveis" diante do orçamento da Prefeitura. "Fica um acusando moralmente o outro. Eu tenho currículo, não tenho ficha corrida, quero uma oportunidade para recuperar a cidade e colocar a cidade de São Paulo nos trilhos", emendou. (Daniel Weterman e Gustavo Porto).