Jornal Estado de Minas

Ex-prefeitos levam vantagem em capitais

Brasília – O personalismo nas disputas políticas nacionais, tradicional em um cenário de legendas com pouca identidade ideológica, aumenta ainda mais nas eleições municipais. O nanico PMN, por exemplo, que lidera as intenções de voto em Curitiba, tem como candidato Rafael Greca, que já foi prefeito da cidade entre 1993 e 1997 pelo extinto PFL, hoje DEM.

Em São Paulo, essa questão aparece mais presente ainda. Em segundo lugar nas pesquisas, mas empatada tecnicamente com o tucano João Dória, Marta Suplicy ainda carrega a memória dos tempos em que era petista. Embora tenha, em diversas entrevistas, buscado descolar-se de sua antiga legenda, maculada pelos escândalos de corrupção, a peemedebista ainda é bem avaliada na periferia paulistana, onde fez um trabalho considerado bom na época em que foi prefeita da capital paulista.

Prova disso é que existe uma diferença entre as pesquisas oficialmente registradas e os chamados trackings, as pesquisas telefônicas feitas pelo PSDB. “Nos nossos levantamentos, nós já aparecemos à frente da Marta. Mas esse tipo de levantamento tem pouca efetividade nas classes D e E, onde Marta é muito forte politicamente”, declarou o tucano Bruno Covas, candidato a vice na chapa de João Dória.


Em outras capitais, o recall de nomes já consagrados pelas legendas às quais estão filiadas também é preponderante. Das três cidades nas quais lidera as pesquisas de intenção de voto, em duas delas o PMDB traz nomes já testados anteriormente: Teresa Surita, em Boa Vista, e Iris Rezende em Goiânia.

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