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Estado de Minas

MST invade fazenda de senadora que defendeu impeachment

Os sem-terra alegam que propriedade localizada no interior de Goiás é improdutiva. Ana Amélia (PP-RS) diz que ato é retaliação ao seu voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff (PT)


postado em 08/09/2016 17:37 / atualizado em 08/09/2016 18:25

Em nota, a senadora Ana Amélia informou que a fazenda Saco de Bom Jesus foi vendida em 2014 e o processo de transferência está em fase de conclusão(foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Em nota, a senadora Ana Amélia informou que a fazenda Saco de Bom Jesus foi vendida em 2014 e o processo de transferência está em fase de conclusão (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
 

Integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram, na madrugada desta quinta-feira, a fazenda Saco de Bom Jesus, em Formosa, interior de Goiás, ligada à senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). A Polícia Militar confirma a invasão, mas não tem ainda o total de ocupantes.


O MST alega que a propriedade é improdutiva e não foi integralmente declarada à Justiça. A senadora informou que a fazenda já foi vendida e que a invasão é uma retaliação pelo seu voto a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

De acordo com o MST, a ocupação visa denunciar a falta de produtividade da área de 1.909 hectares, que teria 600 cabeças de gado, lotação inferior à necessária para atingir os índices de produtividade exigidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O índice de 0,31 cabeças por hectare seria muito baixo "para quem diz representar o moderno modelo do agronegócio", segundo nota do MST. O movimento informou ter pedido ao Incra a vistoria da área em 2014. Ainda segundo o movimento, parte da fazenda não foi declarada pela senadora à Justiça Eleitoral.

Vendida

Em nota, a senadora Ana Amélia informou que a fazenda Saco de Bom Jesus foi vendida em 2014 e o processo de transferência ao novo proprietário está em fase de conclusão.

"Essa propriedade rural fazia parte de um espólio no qual eu e as filhas do meu marido, Octávio Cardoso, falecido em 2011, éramos herdeiras. A venda ocorreu em agosto de 2014, conforme registro no Cartório do 2º Tabelionato de Notas, em Itumbiara (GO), e foi declarada no imposto de renda de todos os herdeiros na declaração seguinte, como determina a lei."

Ainda segundo a senadora, a área já havia sido alvo de outras denúncias "caluniosas" por parte do mesmo grupo na campanha eleitoral de 2014, no Rio Grande do Sul, e o Procurador-Geral da República determinou o arquivamento pela improcedência da denúncia.

"Lamento que seja uma retaliação do MST pelo meu voto favorável ao impeachment. Esta é uma reação antidemocrática por não aceitarem a decisão tomada pelo Senado Federal", afirmou.

O Incra informou que o imóvel já foi vistoriado e está em processo de verificação da cadeia dominial para a conclusão do laudo.


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