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Estado de Minas

Joaquim Barbosa chama afastamento definitivo de Dilma de ''impeachment tabajara''

Ex-presidente do STF disse que ''não quis perder tempo'' e não acompanhou nada ''desse patético espetáculo''; ex-ministro foi atacado nas redes sociais pelos comentários


postado em 01/09/2016 11:05 / atualizado em 01/09/2016 11:32

(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal,Joaquim Barbosa, classificou o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência da República de ''impeachment tabajara''.

A afirmação foi feita na conta do twitter do ex-ministro. ''Eu não acompanhei nada desse patético espetáculo... Não quis perder tempo.'', revelou.

Barbosa, algoz de petistas no julgamento do mensalão, também desdenhou do primeiro pronunciamento de Temer como presidente da República: ''Mais patética ainda foi a primeira entrevista do novo presidente do Brasil, Michel Temer. Explico. O homem parece acreditar piamente que terá o respeito e a estima dos brasileiros pelo fato de agora ser presidente. Engana-se''.

Apoiadores mais exaltados de Temer e favoráveis ao processo de impeachment chegaram a chamar Barbosa de traidor. Nas piores versões do embate virtual, alguns partiram para agressões pessoais e até racistas. O ex-presidente do STF também foi chamado, ironicamente, de ''o mais novo petralha''.

Defesa do STF
O ex-presidente do Supremo também criticou afirmações de que todo o processo de impeachment estava sendo monitorado, ''vigiado'' pelo STF. ''Os políticos conspiram, fazem suas mutretas, praticam as suas traições habituais, manipulam escancaradamente. Mas a responsabilidade perante a Nação é do STF, que 'avalizou' , que 'convalidou' todo o processo! Tenha paciência!'', desabafou.

''Assumam as respectivas responsabilidades pelo ato grave que praticaram!'', desafiou Barbosa. ''Não transfiram a responsabilidade para o STF, que na verdade, em matéria de impeachment, pode fazer pouquíssimo. E fez pouquíssimo.''

Reversão da decisão do Senado
Joaquim Barbosa também previu no twitter que acha ''dificílimo o STF reverter a decisão do Senado de não declarar Dilma inabilitada para o exercício de funções públicas.''

E explicou por quê: ''Se o próprio Senado que a tirou brutalmente do cargo, num segundo momento 'tirou o pé do acelerador', irá o STF cassar-lhe um direito que os senadores entenderam por bem preservar? Claro que não. O STF não tem poder para isso. Se tivesse, teria também o poder de reverter a decisão de afastamento. E não tem.''

Joaquim Barbosa analisou ainda o novo cenário político, consequência do afastamento de Dilma, e disse que haverá um 'desequilíbrio estrutural'.

Ele afirma que o país está agora ''sob o controle de um bloco hegemônico incontrastável (...), a Presidência da República está nas mãos de um homem conservador, ultrapassado, desconectado do país. O Congresso, idem. Inteiramente dominado pelas mesmas forças conservadoras.''

E concluiu: ''As vozes divergentes tendem a silenciar-se. Ou a serem silenciadas. Desperta, Brasil!''


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