O ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal e do processo de impeachment de Dilma Rousseff, determinou às 11h12 desta sexta-feira (26), a suspensão da sessão deste segundo dia de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, que deverá agora ser retomada a partir das 13h.
A suspensão da sessão decorreu de desavença entre senadores defensores e contrários ao impeachment, o que levou o presidente do Senado, Renan Calheiros, a exortar os parlamentares a manterem o bom nível dos trabalhos, sem apelar para ofensas pessoais.
— Fico triste porque essa sessão é sobretudo a demonstração de que a burrice é infinita —, disse Renan Calheiros (PMDB-AL), ao observar que o os olhos da nação e do mundo estão voltados para o Plenário do Senado, não podendo os parlamentares fugirem ao qualificado nível exigido pela sessão.
Na manhã desta sexta, o advogado da defesa, José Eduardo Cardozo, dispensou a testemunha Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento, para não expô-la a constrangimento, visto que senadores defensores do impeachment pretendiam arguir sua suspeição. Cardozo também mudou o status de Ricardo Lodi para que seja interrogado como informante e não mais como testemunha, visto que este advogado atuou como assistente da perícia.
Discussões sobre a isenção das testemunhas e o legítimo direito de defesa exercido por Dilma Rousseff marcaram a primeira parte da sessão, quando Lewandowski alertou para o fato de que, quanto mais se alongassem os senadores em suas questões de ordem, mais se dilatará o prazo da sessão. Os senadores já preveem que a sessão de hoje entrará pela madrugada de sábado.