Brasília - O relator da comissão especial que analisa medidas de combate à corrupção da Câmara, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), admitiu que o pacote das 10 propostas do Ministério Público Federal (MPF) será modificado, mas negou que haverá “afrouxamento” do projeto. Diversos parlamentares do colegiado estão insatisfeitos com as propostas do MPF e querem desidratar alguns pontos do texto. “As pessoas podem tentar, mas não vamos permitir. Não se combate a corrupção com flores, nem com agrados, e sim com medidas duras. Ninguém aqui vai afrouxar para corrupto”, disse.
Lorenzoni ressaltou que manterá a criminalização do caixa 2 no seu relatório final, porém com algumas “adequações”. Entre as mudanças, o relator destacou a necessidade de haver uma diferenciação entre a prática e o recebimento de propina.
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Para deputado, seria 'irresponsabilidade' aprovar pacote anticorrupção na íntegraRelator admite que medidas anticorrupção podem mudar, mas nega afrouxamentoComissão discute afrouxar propostas anticorrupçãoComissão discute 'recompensa' para quem denunciar corrupçãoOutra questão que precisaria ser adequada, de acordo com Lorenzoni, é o teste de integridade, um dos pontos mais polêmicos do projeto. A ideia é “simular situações, sem o conhecimento do agente público ou empregado, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer crimes”.
A comissão promove uma audiência pública ontem para ouvir três depoimentos, contudo há apenas seis dos 30 deputados que compõem o colegiado no plenário. Os convidados são Rudinei Marques, Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical); Lucieni Pereira da Silva, Auditora Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União e Fundadora da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil; e Denise Gimenez Ramos, Doutora em Psicologia Clínica.
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