A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (ABGLT) vai lançar uma plataforma de proposta para os candidatos a prefeito e vereador. A intenção é conseguir o compromisso dos candidatos de todo Brasil à causa da população LGBT, conta Carlos Magno, presidente da associação. Segundo ele, a questão central dessa disputa é o combate à violência contra a população, que vem crescendo a cada dia. Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), atualizados diariamente por meio de notícias publicadas sobre crimes homofóbicos na imprensa brasileira, revelam que, no ano passado, a cada 27 horas foi registrado um crime de ódio contra a população LGBT. As maiores vítimas são os gays, que corresponderam a 52% dos ataques, e as travestis (37%).
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Também deve entrar no ar nos próximos dias a versão 2016 da cartilha para as eleições feita desde 2012 pelo site LGBT Brasil, em parceria com a página Vote LGBT. A ideia é do médico Everton de Lima Oliveira, que mora em Guaxupé, no Sul de Minas.
De acordo com Everton, é fundamental que o eleitor tenha consciência da importância das eleições municipais. “Além da política ser feita na cidade, a composição das câmaras são importante para a montagem dos próximos legislativos estaduais e do Congresso Nacional, pois os vereadores são importantes cabos eleitorais das eleições gerais”, destaca Everton.
Em Belo Horizonte, o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual (Cellos) está levantando todos os candidatos LGBT e também os que apoiam a causa. Até agora, a entidade já listou oito nomes, que serão divulgados após o registro oficial das candidaturas, cujo prazo vence no próximo dia 15.
Pontos da Plataforma
Apoiar a criação de equipamentos públicos para dar assistência à população LGBT
Apoiar a criminalização da homofobia e a criação de conselhos municipais de defesa dos direitos da população
Apoiar e votar favorável a presença da orientação sexual e identidade de gênero nos planos de educação municipal
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