Jornal Estado de Minas

Convenção do PDT tem tumulto para decidir candidatura à PBH

O clima ficou tenso na manhã deste domingo durante a convenção do PDT, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Duas correntes diferentes se enfrentaram e foi preciso a intervenção da Polícia Militar.

De um lado, um grupo do partido quer lançar a candiatura própria à Prefeitura de Belo Horizonte, do deputado Sargento Rodrigues. Do outro, filiados pretendem apoiar Paulo Brant, candidato oficializado pelo PSB hoje, e que tem o apoio do prefeito Marcio Lacerda.

“Não vamos fazer desse partido o partido de um vereador. Partido que cresce precisa de candidatura própria”, afirmou o deputado Alencar da Silveira. “Temos que respeitar as posições. Vaiar e não deixar ninguém falar não dá.
Agressão também não dá”, disse Hélio Rabelo.

Pessoas de grupos diferentes não deixam os integrantes da outra frente falar. Xingos e gritos se misturavam ao som dos apitos na galeria. Os organizadores da convenção tentaram acalmar os militantes e chegaram a separar algumas brigas. A PM foi chamada. Algumas pessoas sugeriram que a convenção fosse suspensa.

O militante Max Ferreira, que apoia Bruno Miranda, foi agredido por duas pessoas que ele disse ser policiais que apoiam o outro candidato.
“Nós estávamos em minoria aqui na bancada, a maioria realmente é do Sargento Rodrigues. E nós fomos ofendidos porque eu pedi o pessoal para abaixar um pouco a voz na fala, e fui surpreendido por dois policiais, vieram e me deram um soco na costela”, afirma.

“Viemos apoiar a candiatura do Bruno junto ao prefeito Marcio Lacerda, e aí fomos agredidos fisicamente e verbalmente. A gente está aqui numa democracia. Para conquistar junt com o povo de Belo Horizonte e pleitear a eleição do Bruno junto ao PDT”, comenta.

A confusão permanece e a votação deve se estender até à tarde, ainda com os organizadores acalmando os ânimos, para tentar chegar a um acordo.

Confusão durante a fala de Hélio Rabelo: assista


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