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Estado de Minas

Coluna de esportes: pedaladas e pênalti


postado em 28/06/2016 12:00 / atualizado em 28/06/2016 09:48

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Coluna de esportes: pedaladas e pênalti

Está explicado, finalmente, o motivo de a presidente Dilma Rousseff (PT) gostar tanto de dar umas voltas de bicicleta sempre que consegue tempo para elas. As pedaladas em Brasília e Porto Alegre acabaram dando sorte. Pelo menos no trabalho dos auditores do Senado, que estudaram as razões do pedido de impeachment.

Eles não identificaram atos diretos de Dilma na decisão de atrasar pagamentos da União para instituições financeiras públicas e privadas que financiariam despesas do governo, entre eles benefícios sociais e previdenciários, como o Bolsa-Família, o abono e seguro-desemprego, além dos subsídios agrícolas, embora ressalvem que podem não ter recebido documentos de comprovação que as pedaladas ocorreram.

Pois é, a bicicleta deu sorte no parecer dos consultores do Senado, que livrou Dilma da acusação das pedaladas fiscais. A presidente Dilma, no entanto, não escapou, no mesmo parecer dos consultores, que concluíram haver “provas de que a presidente afastada agiu diretamente na edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso”, o que é expressamente proibido.

Na verdade, de nada mesmo adiantaria o parecer do Senado. Ele não passou de um agrado a Dilma, pelo presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), quando ainda não tinha sido divulgado que ele também está na mira da Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava-Jato. Houve outro discurso ou ato em favor de Dilma? Se alguém souber, que me informe, porque eu desconheço. Muito antes pelo contrário, o que há agora é um silêncio comprometedor, na base do nada tenho a ver com os problemas de Dilma.

Além do mais, é desnecessário qualquer parecer pedindo pela defesa da presidente Dilma Rousseff, como não surtirá nenhum efeito hoje os depoimentos de seus ex-ministros. Nada disso influencia os votos dos senadores. Se dizem estar “indecisos” nos levantamentos dos votos, esqueça. Todos eles – “tá”, tudo bem, com raríssimas exceções – já decidiram que posição tomar. Confira no placar no início de agosto.

E já que falamos em placar, nada mais apropriado do que colocar o senador Romário (PSB-RJ) na marca do pênalti. Ele votou pela admissibilidade do impeachment, mas fez questão de dizer que estava “indeciso”. E foi decidido na hora de bater o pênalti. Pediu dois cargos ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB): o comando da Secretaria de Pessoas com Deficiência e uma diretoria de Furnas. Levou só a secretaria, onde pôs Rosinha da Adefal.

Divórcio político
O prefeito Marcio Lacerda (PSB) se divorciou do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do então prefeito Fernando Pimentel (PT) e vai repetir a mesma estratégia do tucano, que o apadrinhou em 2008 – a primeira eleição que disputou. Antes, tinha ocupado cargos públicos, nos governos federal e estadual, mas ir às urnas foi a primeira vez. Lacerda vai lançar Paulo Brant (PSB), que também nunca disputou cargo público, à sua sucessão. Desta vez, divorciado de Pimentel, que já quer um petista. O nome mais forte é do deputado federal Reginaldo Lopes.

Martelo batido
Se ainda faltava resolver alguns detalhes, como tinha dito o ex-deputado Danilo de Castro (PSDB), agora não falta mais. O martelo já foi batido. O deputado estadual João Leite, do PSDB, teve seu nome referendado ontem pelo partido em reunião entre lideranças, entre deputados estaduais e federais, como candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O tucano João Leite saiu do encontro feliz com a decisão unânime: “Vi que meu time está unido rumo à prefeitura. E isso me deixa muito satisfeito, feliz e cheio de esperanças e ânimo para levar a campanha adiante”.

Moro e Cerveró: que país é este?

Dois fatos recentes, um na sexta-feira, outro no sábado. E são o retrato da população brasileira em relação à política nacional. O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró foi vaiado e tachado de ladrão pelos passageiros do avião que o levava para o Rio de Janeiro, onde ficará em prisão domiciliar no seu superconfortável sítio em Petrópolis. Esse é o fato negativo da sexta-feira. O outro personagem é o juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava-Jato, que foi aplaudido efusivamente em show do Capital Inicial por cerca de dois minutos. Em tempo: Dinho, vocalista da banda, logo emendou o sucesso Que país é este?, que trata da corrupção no Brasil.

Obra parada
Pré-candidato à Prefeitura de Juiz de Fora, o deputado estadual Lafayette Andrada (PSD) estará hoje em Brasília para reunião com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilberto Kassab. Na pauta do encontro, a liberação de recursos para o Parque Científico e Tecnológico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Não será fácil. O parque tem custo de mais de R$ 100 milhões. Não à toa, está parado desde 2014. A UFJF já tem empenhados R$ 40 milhões. Outros R$ 25 milhões foram acordados no ano passado, mas a verba não foi liberada.

Neto de peixe... peixinho é.
Lucas Garcia, neto do governador Hélio Garcia,  Claudio Assumpção e o professor Gabriel Azevedo criaram o Projeto C.A.S.A. (Conversando Agora Soluções do Amanhã). A proposta vem de grupo de jovens que acredita poder contribuir para a sociedade e para a política do Brasil e de Minas e, por isso, promoverá encontros intimistas, para poucos convidados. Os encontros têm como foco o debate sobre o contexto político e de soluções que podem ser tomadas. O primeiro evento foi ontem, com o ex- presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro (PP).

PINGAFOGO

Ressalva necessária: o pedido do senador Romário (PSB-RJ) faz sentido no caso de emplacar a ex-deputada Rosinha da Adefal (PTB-AL) na Secretaria de Pessoas com Deficiência. Ele tem uma filha com síndrome de Down.

Rosinha da Adefal deixou a Câmara, mas não sua militância política. A ex-deputada federal é atualmente secretária de Estado de Defesa da Mulher do governo de Alagoas.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) escapou das “pedaladas” fiscais, de acordo com técnicos do Senado. É brincadeira, mas, não dá para resistir. Ela gosta muito de pedalar.

E de uma coisa que gosta tanto, Dilma não escapa. Vai cair da bicicleta, ops, da Presidência da República. É só questão de tempo até a votação do impeachment no Senado.

 

 


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