Fernando Pimentel afirma que não pode haver 'criminalização da política'

O governador de Minas fez analogia com ditado popular para dizer que não se pode abrir mão da atividade parlamentar

Marcelo Ernesto

- Foto: Verônica Manevy/Imprensa MG


O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), fez uma defesa da classe política nesta segunda-feira, ao participar de cerimônia na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. De acordo com ele, tem se vivido uma “criminalização” da atividade parlamentar, que pode resultar em prejuízos à democracia. “Estamos vivendo no Brasil uma crise política e institucional muito grave. Nós todos sabemos disso e isso nos preocupa a todos nós”, afirmou e emendou dizendo que tudo que for necessários para “sanear o país” no sentido de combater à corrupção, deve ser feito. A cerimônia foi para entregar kits esportivos, academias ao ar livre e do programa Campos de Luz II a mais de 200 municípios do estado.

O governador fez uma analogia com um ditado popular para ressaltar a necessidade de que garantir meios para que as instituições e o trabalho dos parlamentares, prefeitos, governadores e do presidente seja respeitado. “Nós não podemos jogar fora o neném junto com a água do banho. Vocês já ouviram essa expressão? A pessoa deu banho no bebê e depois tem que jogar a água suja fora, mas ela esquece e joga o bebê junto.
A nossa democracia é o neném e não pode ser jogada fora junto com a água que está sendo usada para lavá-la. E, infelizmente, o que estamos assistindo está parecendo que querem jogar o bebê junto com água do banho”, afirmou.

Pimentel disse ainda que todos que atuam na vida pública não podem ser criminalizados apenas porque exercem a atividade política. Mas é necessário que haja respeito e que, caso seja feita alguma denúncia, que os envolvidos sejam ouvidos e expostos aos tramites legais da Justiça.

Sem citar diretamente às investigações que vem sendo alvo no âmbito da operação Acrônimo, Pimentel afirmou que os agentes públicos “às vezes encontram dificuldades, com acusações injustas. Isso tudo a seu tempo será devidamente apurado”.

O governador ressaltou ainda que o caminho contrário à atividade política é a ditadura e que os estragos causados por esse regime não de conhecimento de todos. “Fora da política, não há caminhos”, ressaltou.

 

 

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