O ex-presidente do PSDB de Minas e outras seis pessoas são investigadas por suspeitas de desvio de recursos na construção do Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (Hidroex), erguido pelo governo de Minas em Frutal, no Triângulo Mineiro, cidade natal e reduto eleitoral de Narcio Rodrigues. A obra foi orçada em R$ 300 milhões. O desvio foi superior a R$ 14 milhões, conforme o MP citando dados da Controladoria Geral do Estado (CGE), que iniciou o levantamento de dados sobre a obra. A suspeita é que os recursos tenham sido utilizados em campanhas políticas.
Assim como Rodrigues, os outros seis envolvidos também tiveram a prisão preventiva decretada. Todos estão presos na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Também ex-deputado federal, Rodrigues ocupou o cargo de secretário entre 2011 e 2014, período em que as obras do Hidroex estavam em andamento.
A prisão no dia 30 ocorreu dentro da Operação Aequalis, deflagrada pelo MP e as polícias Militar e Civil. Em nota, o advogado de Rodrigues, Sânzio Nogueira, disse que "lamenta, e entende ser absolutamente desnecessária a decretação da prisão preventiva. Não há nos autos, e tampouco na decisão, qualquer elemento fático-concreto que indique a necessidade do acautelamento. No entanto, o feito corre sob sigilo e, assim, por força de lei, não podemos fornecer maiores detalhes sobre o caso"..