Deputados de dez partidos apresentam projeto para barrar uso de nome social por travestis e transexuais

De autoria de João Campos (PRB-GO), mesmo autor da proposta de "cura gay", projeto que veta nome social tem o apoio também de parlamentares do PV, PR, PHS, PSC, PSB, PSDB, PROS, DEM e PTN

Alessandra Mello

Um projeto para anular o decreto federal publicado no dia 28 de abril garantindo o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero para travestis e transexuais na administração pública foi apresentado por parlamentares do PRB, PV, PR, PHS, PSC, PSB, PSDB, PROS, DEM e PTN.

De autoria de João Campos (PRB-GO), com o apoio de mais 27 parlamentares, a maioria deles integrantes da bancada evangélica, a proposta que o decreto foi aprovado pela presidente afastada Dilma Rousseff no “apagar das luzes”.

Na justificativa do projeto, os deputados alegam apenas problemas formais. Segundo o texto, esse tipo de norma não pode ser regulamentada por decreto e sim por meio de alteração da legislação federal.

João Campos foi o autor, em 2013, do projeto que propunha a cura gay. A proposta revogava a resolução do Conselho Federal de Psicologia, que proíbe psicólogos de “curar” gays. Desde maio de 1990 a homossexualidade foi retirada pela Organização Mundial de Saúde da lista de doenças. Na época filiado ao PSDB, João Campos foi pressionado pelo partido a retirar a proposta de pauta. Esse ano, ele deixou o PSDB para se filiar ao PRB.
Na época, a proposta foi alvo de protestos na Câmara e de vários atos em todo o Brasil.

Assinam a proposta os deputados

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