O palco foi montado sob os pilotis do Palácio Capanema, no centro do Rio, onde funciona o MinC, a Fundação Nacional de Arte (Funarte) e outros órgãos da pasta extinta. A presença de Arnaldo Antunes foi confirmada numa apresentação nesta quarta-feira, 18, às 16 horas, junto com o cantor Otto. A de Caetano, que se apresentaria, a princípio, com Erasmo Carlos e Lenine, ainda não tem data nem horário confirmados. Na noite de terça, 17, foi realizado um concerto da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro. Todas as apresentações fazem parte da programação cultural da ocupação.
O manifesto dos artistas pela democracia, divulgado pelos ocupantes do MinC, exige a deposição de Temer. "Não reconhecemos Michel Temer como presidente do Brasil.
Na sexta-feira, 13, a Associação Procure Saber divulgou carta enviada a Temer, abrindo, portanto, o diálogo com ele. Assinam o texto Caetano, Chico Buarque, Gilberto Gil, Djavan, Erasmo, Milton Nascimento e Ivan Lins, entre outros artistas. A carta diz: "A cultura de um país, além de sua identidade, é a sua alma. O Ministério da Cultura não é um balcão de negócios. As críticas irresponsáveis feitas à Lei Rouanet não levam em consideração que, com os mecanismos por ela criados, as artes regionais floresceram e conquistaram espaços a que antes não tinham acesso. É por tudo isso que o anunciado desaparecimento do Ministério da Cultura sob seu comando, já como chefe da nação, é considerado pela classe artística um grande retrocesso.".